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Pulverização com veneno gera impacto ambiental em Lucas do Rio Verde
O segundo maior produtor de grãos do Brasil, o município de Lucas do Rio Verde, sofreu um acidente ambiental dentro de sua área urbana. As casas, as plantas frutíferas, ornamentais e medicinais, e as próprias pessoas ficaram expostas aos efeitos de uma pulverização ilegal de agrotóxicos. Segundo a associação de pequenos produtores, sindicatos locais e especialistas, o veneno era um herbicida dessecante para apressar a colheita da soja, cultura que trouxe os lucros para os grandes produtores da região.
Despejado irregularmente com um avião monomotor no início de março, o veneno é amplamente utilizado na monocultura da soja. O produto pode causar imediatamente vômitos, diarréias, dores de cabeça e, a longo prazo, até câncer. Para debater os efeitos do grande uso dos agrotóxicos, a Agência Brasil publica, a partir de hoje (13), uma série de reportagens sobre a contaminação, os efeitos dos venenos, a investigação do crime na cidade e o modelo de desenvolvimento baseado no agronegócio.
O estrago se estendeu desde as dezenas de pequenas hortas particulares, plantas frutíferas e ornamentais, o Horto de Plantas Medicinais, ligado à Fundação Padre Peter, e até as pessoas, que se queixaram de diarréias, vômitos e urticárias. Cerca de uma semana depois do acidente, dois especialistas chegaram ao município para avaliar o impacto do acidente ambiental: Wanderley Antonio Pignati, mestre em saúde coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e o engenheiro agrônomo James Cabral da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase).
Juntos, eles investigaram a contaminação e redigiram uma notificação, que foi encaminhada para diversos órgãos municipais, estaduais e federais de saúde e vigilância sanitária. Entre os prejudicados pela pulverização estão os pequenos produtores que vivem no entorno da cidade. O chacareiro Ivo Casonato, que perdeu toda a sua produção de frutas e hortaliças, disse que testemunhou o momento em que o avião fazia rasantes sobre a sua propriedade. "O céu estava cheio de nuvens pesadas. No horizonte, podia-se ver a cortina d´água. Do outro lado do Rio Verde, a menos de 500 metros, um avião fazia pulverização de agrotóxico sobre a lavoura de soja do vizinho", relata.
A bióloga Lindonésia Andrande, responsável pelo Horto Medicinal, disse que o efeito de veneno foi bem rápido. No dia seguinte à pulverização [dia 2 de março], o estrago já era visível em toda a cidade. "As folhas ficavam como um papel amassado e queimado, outras ficavam todas perfuradas e em volta dos furos logo começava a necrosar [apodrecer]. No quarto dia as folhas entraram em necrose total e começaram a cair", lembra.
Depois do acidente, foi instalado pelo Ministério Público um procedimento administrativo para apurar os fatos. A pedido da promotoria, a Delegacia de Policia Civil de Lucas do Rio Verde abriu inquérito civil e criminal. Até hoje, no entanto, ainda não foram feitas as perícias para identificar as provas materiais do crime.
Despejado irregularmente com um avião monomotor no início de março, o veneno é amplamente utilizado na monocultura da soja. O produto pode causar imediatamente vômitos, diarréias, dores de cabeça e, a longo prazo, até câncer. Para debater os efeitos do grande uso dos agrotóxicos, a Agência Brasil publica, a partir de hoje (13), uma série de reportagens sobre a contaminação, os efeitos dos venenos, a investigação do crime na cidade e o modelo de desenvolvimento baseado no agronegócio.
O estrago se estendeu desde as dezenas de pequenas hortas particulares, plantas frutíferas e ornamentais, o Horto de Plantas Medicinais, ligado à Fundação Padre Peter, e até as pessoas, que se queixaram de diarréias, vômitos e urticárias. Cerca de uma semana depois do acidente, dois especialistas chegaram ao município para avaliar o impacto do acidente ambiental: Wanderley Antonio Pignati, mestre em saúde coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e o engenheiro agrônomo James Cabral da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase).
Juntos, eles investigaram a contaminação e redigiram uma notificação, que foi encaminhada para diversos órgãos municipais, estaduais e federais de saúde e vigilância sanitária. Entre os prejudicados pela pulverização estão os pequenos produtores que vivem no entorno da cidade. O chacareiro Ivo Casonato, que perdeu toda a sua produção de frutas e hortaliças, disse que testemunhou o momento em que o avião fazia rasantes sobre a sua propriedade. "O céu estava cheio de nuvens pesadas. No horizonte, podia-se ver a cortina d´água. Do outro lado do Rio Verde, a menos de 500 metros, um avião fazia pulverização de agrotóxico sobre a lavoura de soja do vizinho", relata.
A bióloga Lindonésia Andrande, responsável pelo Horto Medicinal, disse que o efeito de veneno foi bem rápido. No dia seguinte à pulverização [dia 2 de março], o estrago já era visível em toda a cidade. "As folhas ficavam como um papel amassado e queimado, outras ficavam todas perfuradas e em volta dos furos logo começava a necrosar [apodrecer]. No quarto dia as folhas entraram em necrose total e começaram a cair", lembra.
Depois do acidente, foi instalado pelo Ministério Público um procedimento administrativo para apurar os fatos. A pedido da promotoria, a Delegacia de Policia Civil de Lucas do Rio Verde abriu inquérito civil e criminal. Até hoje, no entanto, ainda não foram feitas as perícias para identificar as provas materiais do crime.
Fonte:
24Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/306371/visualizar/
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