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Filhos antes do tempo
O número de mães adolescentes, entre 15 e 19 anos, está crescente em Mato Grosso. De 1991 a 2004, a incidência de bebês filhos de jovens mães subiu de 21,2% para 23,8% do total de partos, ocupando a maior posição entre os demais estados do Centro Oeste e com índice quatro pontos percentuais a mais do que a média brasileira (19,9%). Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados ontem, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada em 2004.
O percentual de 23,8% de filhos de mães adolescentes registrado por Mato Grosso em 2004 está calculado sobre o total de nascidos vivos ao longo do ano e acompanha a trajetória nacional, tendo em vista que nenhum outro estado apresentou alguma redução ou estabilização do número de mães adolescentes. O estado brasileiro que detém o maior índice é o Maranhão, com 27,5%, e o menor, São Paulo, com 16,4%.
A adolescente Diane Cristina da Cunha, de 15 anos, exemplifica bem a realidade de mãe antes da época. Ela já está em seu segundo filho, que tem apenas cinco meses de idade. O primeiro, uma menina, ela teve aos 12 anos sem sequer saber o que era gravidez. “Foi minha primeira relação. Só fui saber o que era depois que minha barriga estava grande, que minha tia veio me perguntar as coisas e descobriu que estava grávida. O bebê já até mexia na minha barriga”, contou a jovem, moradora do bairro Jardim Itapuã.
Diane relatou que passava muito mal ao longo da primeira gravidez. “O médico explicava que meu útero ainda era muito infantil para uma gestação. Minha filha nasceu prematura, com sete meses, e precisou ficar na UTI. Graças a Deus que hoje é saudável”. A dificuldade que passaria para cuidar da filha com apenas 12 anos fez com que a adolescente pensasse até em abortar. “Eu não queria parar de estudar, mas minha tia me explicou que, se já tinha feito, teria que cuidar. Aí, desisti da idéia. Tive a ajuda de minha mãe e da minha avó para cuidar da criança”, comentou. Hoje Daine está casada com um eletricista de 23 anos, pai de seu segundo filho. Ela, que estudou até a 7ª série do Ensino Fundamental, tem esperanças de voltar a estudar.
“Sou feliz no casamento, mas preferia não ter tido nenhum filho para não ter que parar de estudar. Me arrependo do que fiz, mas não tive orientação de ninguém, nem da minha mãe, nem na escola”.
Para reduzir o número de mães adolescentes em Mato Groso, o superintendente de Atenção Integral à Saúde do Estado, Victor Rodrigues, aposta em projetos de educação sexual e na ampliação da oferta de métodos contraceptivos. Para isso, profissionais das unidades básicas estão sendo capacitados. “Muitas vezes, uma adolescente que está tomando o anticoncepcional e se sente mal simplesmente pára com o remédio e não toma outro, porque não tem na unidade. O que vamos fazer é ampliar a gama de métodos pelo menos nos pólos do Estado. Outra medida é a parceria com as escolas para levar educação sexual aos alunos”.
O percentual de 23,8% de filhos de mães adolescentes registrado por Mato Grosso em 2004 está calculado sobre o total de nascidos vivos ao longo do ano e acompanha a trajetória nacional, tendo em vista que nenhum outro estado apresentou alguma redução ou estabilização do número de mães adolescentes. O estado brasileiro que detém o maior índice é o Maranhão, com 27,5%, e o menor, São Paulo, com 16,4%.
A adolescente Diane Cristina da Cunha, de 15 anos, exemplifica bem a realidade de mãe antes da época. Ela já está em seu segundo filho, que tem apenas cinco meses de idade. O primeiro, uma menina, ela teve aos 12 anos sem sequer saber o que era gravidez. “Foi minha primeira relação. Só fui saber o que era depois que minha barriga estava grande, que minha tia veio me perguntar as coisas e descobriu que estava grávida. O bebê já até mexia na minha barriga”, contou a jovem, moradora do bairro Jardim Itapuã.
Diane relatou que passava muito mal ao longo da primeira gravidez. “O médico explicava que meu útero ainda era muito infantil para uma gestação. Minha filha nasceu prematura, com sete meses, e precisou ficar na UTI. Graças a Deus que hoje é saudável”. A dificuldade que passaria para cuidar da filha com apenas 12 anos fez com que a adolescente pensasse até em abortar. “Eu não queria parar de estudar, mas minha tia me explicou que, se já tinha feito, teria que cuidar. Aí, desisti da idéia. Tive a ajuda de minha mãe e da minha avó para cuidar da criança”, comentou. Hoje Daine está casada com um eletricista de 23 anos, pai de seu segundo filho. Ela, que estudou até a 7ª série do Ensino Fundamental, tem esperanças de voltar a estudar.
“Sou feliz no casamento, mas preferia não ter tido nenhum filho para não ter que parar de estudar. Me arrependo do que fiz, mas não tive orientação de ninguém, nem da minha mãe, nem na escola”.
Para reduzir o número de mães adolescentes em Mato Groso, o superintendente de Atenção Integral à Saúde do Estado, Victor Rodrigues, aposta em projetos de educação sexual e na ampliação da oferta de métodos contraceptivos. Para isso, profissionais das unidades básicas estão sendo capacitados. “Muitas vezes, uma adolescente que está tomando o anticoncepcional e se sente mal simplesmente pára com o remédio e não toma outro, porque não tem na unidade. O que vamos fazer é ampliar a gama de métodos pelo menos nos pólos do Estado. Outra medida é a parceria com as escolas para levar educação sexual aos alunos”.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/306411/visualizar/
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