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Presidente do Irã diz que não recua "nem um pouco"
As pressões internacionais para o país interromper o programa se intensificaram nesta semana, depois que Ahmadinejad anunciou que técnicos iranianos haviam conseguido enriquecer urânio.
"Nós não vamos negociar com ninguém o direito da nação iraniana (a enriquecer urânio) e ninguém tem o direito de recuar, nem um pouquinho", afirmou o presidente, segundo a agência de notícias oficial IRNA.
A declaração de Ahmadinejad coincide com a visita do chefe da Agência Internacional de Agência Atômica, Mohamed ElBaradei, a Teerã justamente em uma tentativa de superar o impasse internacional criado com as atividades nucleares do país.
ElBaradei disse que espera convencer os líderes iranianos a suspenderem as atividades ligadas ao enriquecimento de urânio "até que questões pendentes sejam esclarecidas".
Ahmadinejad destacou, contudo, que as intenções de seu país são pacíficas.
Países ocidentais suspeitam que o Irã esteja tentando desenvolver uma arma nuclear, mas Teerã insiste que quer a tecnologia apenas para usar em um programa de geração de energia.
"A nossa resposta àqueles que estão zangados com o fato de o Irã dominar todo o ciclo nuclear é apenas uma frase. Nós dizemos: Fiquem zangados e morram dessa raiva."
Estados Unidos, França e Grã-Bretanha querem que o Conselho de Segurança adote sanções contra o Irã, mas Rússia e China - que também são membros do Conselho - se opõem à idéia.
O vice-chanceler chinês, Cui Tiankai, deverá chegar a Teerã nesta sexta-feira para discutir a crise com autoridades iranianas.
Conselho de Segurança
ElBaradei deve informar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas no final deste mês se o Irã está atendendo à exigência do organismo de suspender todas as atividades de enriquecimento de urânio até o dia 28 de abril ou enfrentar isolamento internacional.
Ao chegar a Teerã, o diretor da AIEA disse que está buscando "uma cooperação mais ativa" entre o Irã e o órgão que ele representa.
Ele disse que deseja discutir a adoção de medidas que promovam a confiança no Irã.
O diretor do programa nuclear do Irã, Ghulam Reza Aghazadeh, disse na emissora estatal de televisão que a única forma de resolver a disputa é através de negociações.
Mais cedo, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu que o Conselho de Segurança da ONU tome medidas sérias em seu próximo encontro, após o Irã ter declarado que já está enriquecendo urânio.
"(O anúncio) só mostra que o Irã não está aceitando as exigências da comunidade internacional, e creio que o Conselho de Segurança deve levar isso em conta. Da próxima vez que eles (o Conselho) examinarem a questão, devem tomar medidas sérias para garantir que será mantida a credibilidade da comunidade internacional nesse assunto."
O Irã pode estar em condições de produzir material nuclear suficiente para fabricar uma bomba atômica dentro de três a cinco anos, de acordo com o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
"Nós não vamos negociar com ninguém o direito da nação iraniana (a enriquecer urânio) e ninguém tem o direito de recuar, nem um pouquinho", afirmou o presidente, segundo a agência de notícias oficial IRNA.
A declaração de Ahmadinejad coincide com a visita do chefe da Agência Internacional de Agência Atômica, Mohamed ElBaradei, a Teerã justamente em uma tentativa de superar o impasse internacional criado com as atividades nucleares do país.
ElBaradei disse que espera convencer os líderes iranianos a suspenderem as atividades ligadas ao enriquecimento de urânio "até que questões pendentes sejam esclarecidas".
Ahmadinejad destacou, contudo, que as intenções de seu país são pacíficas.
Países ocidentais suspeitam que o Irã esteja tentando desenvolver uma arma nuclear, mas Teerã insiste que quer a tecnologia apenas para usar em um programa de geração de energia.
"A nossa resposta àqueles que estão zangados com o fato de o Irã dominar todo o ciclo nuclear é apenas uma frase. Nós dizemos: Fiquem zangados e morram dessa raiva."
Estados Unidos, França e Grã-Bretanha querem que o Conselho de Segurança adote sanções contra o Irã, mas Rússia e China - que também são membros do Conselho - se opõem à idéia.
O vice-chanceler chinês, Cui Tiankai, deverá chegar a Teerã nesta sexta-feira para discutir a crise com autoridades iranianas.
Conselho de Segurança
ElBaradei deve informar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas no final deste mês se o Irã está atendendo à exigência do organismo de suspender todas as atividades de enriquecimento de urânio até o dia 28 de abril ou enfrentar isolamento internacional.
Ao chegar a Teerã, o diretor da AIEA disse que está buscando "uma cooperação mais ativa" entre o Irã e o órgão que ele representa.
Ele disse que deseja discutir a adoção de medidas que promovam a confiança no Irã.
O diretor do programa nuclear do Irã, Ghulam Reza Aghazadeh, disse na emissora estatal de televisão que a única forma de resolver a disputa é através de negociações.
Mais cedo, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu que o Conselho de Segurança da ONU tome medidas sérias em seu próximo encontro, após o Irã ter declarado que já está enriquecendo urânio.
"(O anúncio) só mostra que o Irã não está aceitando as exigências da comunidade internacional, e creio que o Conselho de Segurança deve levar isso em conta. Da próxima vez que eles (o Conselho) examinarem a questão, devem tomar medidas sérias para garantir que será mantida a credibilidade da comunidade internacional nesse assunto."
O Irã pode estar em condições de produzir material nuclear suficiente para fabricar uma bomba atômica dentro de três a cinco anos, de acordo com o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
Fonte:
BBBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/306444/visualizar/
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