Abastecimento dura uma semana

Até a próxima semana a queda no fornecimento do gás natural às usinas termelétricas e refinarias da Petrobras provocada pelo rompimento de um duto na Bolívia não vai prejudicar as atividades da Usina Termelétrica Governador Mário Covas, conhecida como termelétrica de Cuiabá. A Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás) também descarta a possibilidade de desabastecimento no único posto que comercializa o (GNV) no Estado. O Ministério de Minas e Energia e a Petrobras esperam resolver o problema até amanhã, por meio do desvio entre o duto danificado e outra linha condutora que não estava sendo usada.

A termelétrica de Cuiabá possui reserva de gás natural de 8 milhões de metros cúbicos (m3) ao longo do duto. Como hoje a usina está operando com apenas 40% da capacidade máxima, devido à demanda do Operador Nacional do Sistema (ONS) o volume do produto disponível é suficiente para a manutenção das operações normais por cerca de 8 dias.

O diretor-presidente da Empresa Pantanal Energia (EPE), que opera a termelétrica de Cuiabá, Carlos Eduardo Baldi, considera que o transporte do gás será restabelecido ainda está semana.

Mas mesmo que isso não aconteça ele diz que o fornecimento de energia elétrica para o Estado não será comprometido, porque é possivel acionar as usinas hidrelétricas. Em função das chuvas os reservatórios estão altos o que é favorável neste momento. São as usinas que assumem a frente na geração de energia nesta época do ano. Baldi frisa que normalmente a termelétrica para de gerar energia nos meses com alta pluviosidade, ou seja, entre dezembro e maio.

Este ano porém, uma falha em um transformador de uma subestação mato-grossenses fez com que o ONS colocasse a termelétrica em atividade. A escolha da usina foi uma decisão logística, uma vez que as hidrelétricas estão mais distantes de Cuiabá. "Mesmo com a interrupção na oferta de gás não haverá problemas na geração de energia".