Brasileiros disputam match race com Piratas desde último portão

O Brasil 1 e o Piratas do Caribe mantém um autêntico match race (competição barco contra barco) há três dias, mas o veleiro brasileiro continua na quarta posição na quinta etapa da Volvo Ocean Race - Regata de Volta ao Mundo - entre Rio de Janeiro e Baltimore.

O timoneiro do Brasil 1, o espanhol Roberto Bermúdez de Castro (Chuny), lembra que, "desde que o barco passou do Equador, a batalha não parou e as marcações são incríveis". O Piratas do Caribe está a 16 milhas náuticas (30 km) e as duas embarcações podem ver as manobras do adversário. Os dois também usam velas do mesmo modelo.

"Velejamos como em um match race. Olhamos sempre que velas eles estão usando e em que direção estão indo, para garantir que não peguem nenhuma rajada de vento que nos surpreenda. Controlamos cada passo deles, seja pelo radar ou no visual. Isso deixa a tripulação em estado de alerta constante", comentou o espanhol.

O tripulante do barco brasileiro também reconheceu que "os dois barcos que estão à frente (ABN Amro 1 e Movistar) passaram pelo portão de pontuação de Fernando de Noronha mais afastados do resto e estão navegando muito bem".

"Eles estão fechando todos os espaços por onde poderíamos passar, cobrindo qualquer espaço na rota e com muita velocidade", explicou Bermúdez.

Mas nem tudo é tensão e disputa a bordo do Brasil 1. O barco é considerado o animador da frota e o clima bom a bordo é notável.

"Temos um urso de pelúcia comprado no Brasil. Temos fotos do ursinho em todas as posições: levando o barco, na mesa de navegação, mandando e-mails, etc", brincou Bermúdez.