Repórter News - reporternews.com.br
Chirac manda estudantes franceses regressarem às aulas
O presidente da França, Jacques Chirac, tentou na quarta-feira reafirmar sua autoridade após ter cedido a respeito de um novo tipo de contrato de trabalho para jovens, mandando os estudantes do país suspenderem os bloqueios montados em universidades e regressarem às aulas.
Mas, em um sinal de que seu governo perdeu força nos dois meses de greves e protestos algumas vezes violentos, a liderança francesa disse que adiará por dois meses a apresentação de um polêmico projeto de lei sobre a proibição do cigarro em locais públicos.
Animados com o anúncio de Chirac, feito na segunda-feira, de que revogaria o contrato que facilita a demissão de funcionários com menos de 26 anos de idade, os estudantes convocaram novas manifestações para protestar contra as atuais leis trabalhistas, que consideram injustas.
Na quarta-feira, os estudantes bloquearam quatro universidades, enquanto manifestações atrapalhavam as aulas em outras 17, disse o Ministério da Educação. Outras 41 universidades do país funcionavam normalmente enquanto as demais estavam fechadas devido ao feriado, informou.
"Todos os jovens devem ter a oportunidade de retomarem as aulas e de prepararem-se para suas provas", disse Chirac em uma reunião de gabinete, segundo um porta-voz do governo.
O presidente afirmou ter cancelado Contrato do Primeiro Emprego (CPE) defendido pelo primeiro-ministro Dominique de Villepin para "colocar fim a uma situação de bloqueio e em nome da paz e da ordem", acrescentou o porta-voz.
A humilhante derrota do governo no impasse com os estudantes e os sindicatos levantou dúvidas sobre a sobrevivência política do premiê e diminuiu muito as chances de Villepin, um aliado fiel de Chirac, de concorrer à Presidência francesa em 2007.
O antigo defensor do CPE abre caminho assim para o ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy, disputar pelo bloco direitista a sucessão de Chirac, com quem mantém relações difíceis.
Os conservadores aceleraram os procedimentos na quarta-feira para aprovar uma lei na câmara baixa do Parlamento substituindo o CPE com incentivos monetários para que os empregadores contratem mão-de-obra jovem. Não se sabe exatamente quando o Senado votaria a medida, se antes ou depois da Páscoa.
Na quarta-feira, o governo deu sinais de que adotaria uma postura mais cautelosa a respeito de seus planos de proibir o fumo em locais públicos. Villepin lançou um processo de consulta de um mês sobre a medida, que pode prejudicar os proprietários de bares e enfurecer os milhões de fumantes do país.
O ministro francês da Saúde, Xavier Bertrand, havia dito antes que desejava introduzir a medida o mais rápido possível por meio de um decreto, chamando atenção para pesquisas segundo as quais a maioria dos franceses daria apoio à proibição.
O jornal La Tribune afirmou que a crise recente adiou os planos do governo para reformar o mercado de trabalho da França e combater o desemprego, cujas taxas no país chegam a 9,6 por cento.
Os planos para criar um único tipo de contrato de trabalho aplicável a todos os trabalhadores foram adiados por prazo indeterminado, disse a publicação.
Mas, em um sinal de que seu governo perdeu força nos dois meses de greves e protestos algumas vezes violentos, a liderança francesa disse que adiará por dois meses a apresentação de um polêmico projeto de lei sobre a proibição do cigarro em locais públicos.
Animados com o anúncio de Chirac, feito na segunda-feira, de que revogaria o contrato que facilita a demissão de funcionários com menos de 26 anos de idade, os estudantes convocaram novas manifestações para protestar contra as atuais leis trabalhistas, que consideram injustas.
Na quarta-feira, os estudantes bloquearam quatro universidades, enquanto manifestações atrapalhavam as aulas em outras 17, disse o Ministério da Educação. Outras 41 universidades do país funcionavam normalmente enquanto as demais estavam fechadas devido ao feriado, informou.
"Todos os jovens devem ter a oportunidade de retomarem as aulas e de prepararem-se para suas provas", disse Chirac em uma reunião de gabinete, segundo um porta-voz do governo.
O presidente afirmou ter cancelado Contrato do Primeiro Emprego (CPE) defendido pelo primeiro-ministro Dominique de Villepin para "colocar fim a uma situação de bloqueio e em nome da paz e da ordem", acrescentou o porta-voz.
A humilhante derrota do governo no impasse com os estudantes e os sindicatos levantou dúvidas sobre a sobrevivência política do premiê e diminuiu muito as chances de Villepin, um aliado fiel de Chirac, de concorrer à Presidência francesa em 2007.
O antigo defensor do CPE abre caminho assim para o ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy, disputar pelo bloco direitista a sucessão de Chirac, com quem mantém relações difíceis.
Os conservadores aceleraram os procedimentos na quarta-feira para aprovar uma lei na câmara baixa do Parlamento substituindo o CPE com incentivos monetários para que os empregadores contratem mão-de-obra jovem. Não se sabe exatamente quando o Senado votaria a medida, se antes ou depois da Páscoa.
Na quarta-feira, o governo deu sinais de que adotaria uma postura mais cautelosa a respeito de seus planos de proibir o fumo em locais públicos. Villepin lançou um processo de consulta de um mês sobre a medida, que pode prejudicar os proprietários de bares e enfurecer os milhões de fumantes do país.
O ministro francês da Saúde, Xavier Bertrand, havia dito antes que desejava introduzir a medida o mais rápido possível por meio de um decreto, chamando atenção para pesquisas segundo as quais a maioria dos franceses daria apoio à proibição.
O jornal La Tribune afirmou que a crise recente adiou os planos do governo para reformar o mercado de trabalho da França e combater o desemprego, cujas taxas no país chegam a 9,6 por cento.
Os planos para criar um único tipo de contrato de trabalho aplicável a todos os trabalhadores foram adiados por prazo indeterminado, disse a publicação.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/306565/visualizar/
Comentários