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Colesterol alto pode aumentar risco de câncer de próstata, diz estudo
Os pesquisadores analisaram dados de 2.745 homens, mas, em um artigo nos Anais da Oncologia, eles disseram que ainda precisam realizar novos exames para comprovar a relação.
Apesar disso, eles acreditam que a explicação pode estar no fato de o organismo utilizar o colesterol para produzir hormônios masculinos que estariam ligados ao câncer de próstata.
"Os hormônios andróginos, que têm um papel fundamental no tecido da próstata, são sintetizados a partir do colesterol, o que sugere uma relação biológica entre a substância e o câncer", disse Cristina Bosetti, uma das autoras da pesquisa. Vesícula
Ao realizarem as análises, os especialistas descobriram que os homens com a doença apresentavam altos índices de colesterol. A associação era particularmente forte entre aqueles que foram diagnosticados antes dos 50 anos de idade ou depois dos 65 anos.
Ambos os grupos tinham 80% mais chances de apresentar colesterol alto que os homens sem câncer.
O estudo também mostrou que pacientes que sofrem da doença tinham 26% mais chances de apresentar pedras na vesícula biliar. Os homens mais magros pareceram ser os mais vulneráveis.
"Os cálculos biliares também estão relacionados com o colesterol alto, pois muitas vezes são compostos pelo colesterol", explicou Bosetti.
"Portanto essa relação direta que descobrimos entre as pedras na vesícula e o câncer de próstata, apesar de ser insignificante estatisticamente, sugere um mecanismo biológico semelhante que pode explicar a ligação."
Bosetti afirmou ainda que existem indícios de que remédios usados para baixar o colesterol podem proteger contra o câncer de próstata.
Apesar disso, ela admite que estudos que investigam essa questão ainda são limitados e inconclusivos.
Dieta
Outros especialistas classificaram as descobertas dos cientistas italianos como plausíveis, mas questionam a teoria sobre o colesterol.
"Existem muitas evidências de que a dieta é um dos fatores para o desenvolvimento do câncer de próstata", afirmou Nick James, oncologista da Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha.
Ele cita como exemplo o fato de a doença ser mais comum em países do norte da Europa, onde o consumo de gordura animal é alto.
"Esta nova pesquisa traz uma mensagem positiva, ao sugerir que as próprias pessoas podem fazer algo para reduzir as chances de sofrerem desta doença que já está entre as principais responsáveis por mortes em homens", disse James.
Entretanto, o cientista britânico se diz pouco convencido pela idéia do papel fundamental atribuído aos hormônios masculinos.
Segundo ele, algumas das substâncias utilizadas para "quebrar" o colesterol são reconhecidamente cancerígenas.
Para Chris Hiley, da organização não-governamental Prostate Cancer Charity, ainda são necessários novos estudos.
"Enquanto isso, é importante que as pessoas se conscientizem quanto ao valor de uma dieta equilibrada e variada. Nós incentivamos os homens a cortar o consumo de alimentos gordurosos, além da carne vermelha, e a comer mais peixes, alimentos ricos em fibras, frutas e legumes", disse Hiley.
Apesar disso, eles acreditam que a explicação pode estar no fato de o organismo utilizar o colesterol para produzir hormônios masculinos que estariam ligados ao câncer de próstata.
"Os hormônios andróginos, que têm um papel fundamental no tecido da próstata, são sintetizados a partir do colesterol, o que sugere uma relação biológica entre a substância e o câncer", disse Cristina Bosetti, uma das autoras da pesquisa. Vesícula
Ao realizarem as análises, os especialistas descobriram que os homens com a doença apresentavam altos índices de colesterol. A associação era particularmente forte entre aqueles que foram diagnosticados antes dos 50 anos de idade ou depois dos 65 anos.
Ambos os grupos tinham 80% mais chances de apresentar colesterol alto que os homens sem câncer.
O estudo também mostrou que pacientes que sofrem da doença tinham 26% mais chances de apresentar pedras na vesícula biliar. Os homens mais magros pareceram ser os mais vulneráveis.
"Os cálculos biliares também estão relacionados com o colesterol alto, pois muitas vezes são compostos pelo colesterol", explicou Bosetti.
"Portanto essa relação direta que descobrimos entre as pedras na vesícula e o câncer de próstata, apesar de ser insignificante estatisticamente, sugere um mecanismo biológico semelhante que pode explicar a ligação."
Bosetti afirmou ainda que existem indícios de que remédios usados para baixar o colesterol podem proteger contra o câncer de próstata.
Apesar disso, ela admite que estudos que investigam essa questão ainda são limitados e inconclusivos.
Dieta
Outros especialistas classificaram as descobertas dos cientistas italianos como plausíveis, mas questionam a teoria sobre o colesterol.
"Existem muitas evidências de que a dieta é um dos fatores para o desenvolvimento do câncer de próstata", afirmou Nick James, oncologista da Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha.
Ele cita como exemplo o fato de a doença ser mais comum em países do norte da Europa, onde o consumo de gordura animal é alto.
"Esta nova pesquisa traz uma mensagem positiva, ao sugerir que as próprias pessoas podem fazer algo para reduzir as chances de sofrerem desta doença que já está entre as principais responsáveis por mortes em homens", disse James.
Entretanto, o cientista britânico se diz pouco convencido pela idéia do papel fundamental atribuído aos hormônios masculinos.
Segundo ele, algumas das substâncias utilizadas para "quebrar" o colesterol são reconhecidamente cancerígenas.
Para Chris Hiley, da organização não-governamental Prostate Cancer Charity, ainda são necessários novos estudos.
"Enquanto isso, é importante que as pessoas se conscientizem quanto ao valor de uma dieta equilibrada e variada. Nós incentivamos os homens a cortar o consumo de alimentos gordurosos, além da carne vermelha, e a comer mais peixes, alimentos ricos em fibras, frutas e legumes", disse Hiley.
Fonte:
BBBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/306592/visualizar/
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