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Segunda - 10 de Abril de 2006 às 09:11
Por: Zean Bravo

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O namoro deu em casamento, com direito a choro incontido. Em contagem regressiva para voltar às novelas depois de 26 anos sem atuar numa obra inteira, Sonia Braga foi às lágrimas ao encontrar o autor Manoel Carlos numa reunião de elenco da nova trama das oito da Globo, Páginas da Vida, há pouco mais de uma semana. "Aquele nosso encontro era o resultado positivo e feliz de um longo namoro (em que planejavam trabalhar juntos). Era, finalmente, o casamento coroando nosso amor. Nos comovemos", assegura Maneco.

Noveleira assumida, daquelas que não engoliram a morte da vilã Bia Falcão, de Belíssima, e lamenta até hoje o não-beijo gay de América, Sonia voltou de Nova Iorque para deixar claro que queria trabalhar em seu País. "Fiz filmes e ganhei prêmios no Brasil durante o tempo em que morei nos Estados Unidos. Mas, o fato de não ter residência aqui, pode ter deixado as pessoas pensando que eu não queria ficar mais tempo", explica.

Maior símbolo sexual das novelas e do cinema nos anos 70 e 80, Sonia garante que queria voltar à TV há muitos anos. "Queria muito ter feito Belíssima, mas não aconteceu. Manoel me ligou em Nova Iorque, no começo do ano", recorda a atriz.

Será a primeira vez dela com o autor. "Estou me permitindo essa viagem com ele. Quero viver a expectativa da chegada dos capítulos", anuncia. E completa: "Dizem que sou a tigresa, mas sou a camaleoa. Ator deve se adaptar." Em Páginas da Vida, Sonia será Tônia, artista plástica que chega para pôr fim à solidão do viúvo feito por Tarcísio Meira. "Não quero muito saber sobre meu personagem. Quanto menos souber, melhor. Gosto de viver o cardápio do dia, acompanhar a novela com o público. Novela é feito cozinhar. Gosto quando aquela comida fresca vai à mesa, quentinha", relaciona.

Sonia é assim. Gosta de dar imagens sobre o que fala. Trabalho para ela é como furar onda. "Você respira e calcula o tamanho da onda que quer furar. Novela é onda das grandes. Mas a sensação de prazer depois de furá-la é enorme. Novela é praticamente uma tsunami. Só que não é desastre", segue com seus exemplos.

Aos 55 anos, Sonia prefere guardar para ela seus arrependimentos profissionais. E afirma que gostou de fazer tanto o seriado de ação Alias como a lésbica que ensinava a tarada personagem de Kim Cattrall a amar outra mulher, em Sex and the City.

Sônia solta um riso irônico quando os críticos dizem que só interpretou mulheres latinas nos quase 20 anos de trabalho fora. "Fico abismada. Tenho o maior orgulho (diz com ênfase) de ser brasileira, latina. Sempre vão olhar para a Salma Hayek e dizer que ela é mexicana", compara.





Fonte: O Dia

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