Repórter News - reporternews.com.br
Votar em Lula de novo é um absurdo, diz Caetano
O cantor e compositor Caetano Veloso disse em entrevista à BBC Brasil que acha "absurdo" votar novamente no presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Votar em Lula de novo? De maneira nenhuma. Não voto nele agora de maneira nehuma. Acho um absurdo votar em Lula de novo", afirmou.
De acordo com Caetano, o voto no presidente nas eleições de 2006 é "uma maluquice". "Ainda mais depois de tudo isso, dessa história do Palocci". O cantor visitou a sede do Serviço Mundial da BBC, em Londres, na sexta-feira.
Neste domingo, ele se apresenta com o filho Moreno e a banda + 2 no centro cultural Barbican, dentro da série de shows e eventos dedicados à Tropicália.
Gil e Lula
Apesar de crítico em relação ao atual governo, Caetano não condena a participação do amigo Gilberto Gil no Ministério da Cultura, mesmo admitindo que, em seu entender, o governo Lula traz "traços políticos arcaicos pouco condizentes" com o tropicalismo representado por ele e Gil.
Em entrevistas anteriores, Caetano havia dito que Gil atuava como "o Lula do Lula", referindo-se ao papel de consciência crítica do atual governo que julgava ser exercido por Gil. "O aspecto simbólico do Lula não é arcaico. É uma novidade na história brasileira. E também o Gil como Lula do Lula não é um arcaísmo. No próprio Ministério da Cultura, Gil mostrou preocupações e interessses que não são nada arcaicos".
"Mas sem dúvida a inércia da socieade brasileira puxa tudo para um lugar terrível, aquele pântano histórico que é o Brasil. E isso aí aconteceu", acrescenta Caetano.
Sem surpresas O cantor e compositor acredita que as crises políticas vividas no governo Lula não são surpreendentes. "Vou lhe dizer: não fiquei muito surpreso, não. Porque esse pessoal da esquerda é muito auto-confiante. Pensam que pelo fato de serem de esquerda já é uma vantagem terem chegado ao poder. Então, não se preparam para fazer alguma coisa, não planejam um programa. Pensam que ser de esquerda é algo em si superior. Eu sou contra esse negócio".
De acordo com Caetano, a série de escândalos vividas pelo governo "se deve sobretudo a isso. O José Dirceu foi uma tradução escandalosa desse tipo de atitude".
Caetano, que já votou em Fernando Henrique Cardoso, não disse se repetirá o voto no PSDB. "Não sou obrigado a votar em (Geraldo) Alckmim, posso até votar. Mas não pensei em votar em Alckmim. Pensei em votar em Roberto Mangabeira (Unger), mas a candidatura dele não se mostrou viável. Meu candidato é Roberto Mangabeira".
Rita Lee, Mutantes e Londres Sobre as demais apresentações do evento dedicado à Tropicália, Caetano afirmou que só recentemente ficou sabendo dos detalhes da reunião do grupo Os Mutantes, que o acompanhou na época da Tropicália. Mas lamentou, apenas, que a banda tenha voltado desfalcada.
"Fiquei sabendo recentemente que a Rita Lee não vem. Pensei que viessem os três (Rita e os irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, que compunham a formação original da banda). Seria um acontecimento histórico, importantíssimo para todos nós. Se eu pudesse, convenceria a Rita a vir".
O cantor se exilou na capital britânica em 1969, juntamente com Gilberto Gil, durante o regime militar. De início, a cidade lhe causou certo estranhamento. "Eu me queixava muito das casas de tijolinhos todas iguais. Hoje em dia eu adoro. Depois do primeiro ano aqui, aprendi a gostar de Londres. Hoje em dia, gosto muito da cidade. A cidade está melhor, mais fácil. Mas, na época, ela já tinha essa sabedoria inglesa, de 'capital do Império'", diz, brincando.
Caetano segue um ritual toda vez que vem à cidade. Ele sempre visita a rua Redesdale, que abriga seu primeiro endereço na cidade, no bairro de Chelsea. "Ainda não fui lá desta vez. Mas porque meus filhos todos vão estar aqui, por conta da Semana Santa, e quero mostrar a cidade a eles", conta.
De acordo com Caetano, o voto no presidente nas eleições de 2006 é "uma maluquice". "Ainda mais depois de tudo isso, dessa história do Palocci". O cantor visitou a sede do Serviço Mundial da BBC, em Londres, na sexta-feira.
Neste domingo, ele se apresenta com o filho Moreno e a banda + 2 no centro cultural Barbican, dentro da série de shows e eventos dedicados à Tropicália.
Gil e Lula
Apesar de crítico em relação ao atual governo, Caetano não condena a participação do amigo Gilberto Gil no Ministério da Cultura, mesmo admitindo que, em seu entender, o governo Lula traz "traços políticos arcaicos pouco condizentes" com o tropicalismo representado por ele e Gil.
Em entrevistas anteriores, Caetano havia dito que Gil atuava como "o Lula do Lula", referindo-se ao papel de consciência crítica do atual governo que julgava ser exercido por Gil. "O aspecto simbólico do Lula não é arcaico. É uma novidade na história brasileira. E também o Gil como Lula do Lula não é um arcaísmo. No próprio Ministério da Cultura, Gil mostrou preocupações e interessses que não são nada arcaicos".
"Mas sem dúvida a inércia da socieade brasileira puxa tudo para um lugar terrível, aquele pântano histórico que é o Brasil. E isso aí aconteceu", acrescenta Caetano.
Sem surpresas O cantor e compositor acredita que as crises políticas vividas no governo Lula não são surpreendentes. "Vou lhe dizer: não fiquei muito surpreso, não. Porque esse pessoal da esquerda é muito auto-confiante. Pensam que pelo fato de serem de esquerda já é uma vantagem terem chegado ao poder. Então, não se preparam para fazer alguma coisa, não planejam um programa. Pensam que ser de esquerda é algo em si superior. Eu sou contra esse negócio".
De acordo com Caetano, a série de escândalos vividas pelo governo "se deve sobretudo a isso. O José Dirceu foi uma tradução escandalosa desse tipo de atitude".
Caetano, que já votou em Fernando Henrique Cardoso, não disse se repetirá o voto no PSDB. "Não sou obrigado a votar em (Geraldo) Alckmim, posso até votar. Mas não pensei em votar em Alckmim. Pensei em votar em Roberto Mangabeira (Unger), mas a candidatura dele não se mostrou viável. Meu candidato é Roberto Mangabeira".
Rita Lee, Mutantes e Londres Sobre as demais apresentações do evento dedicado à Tropicália, Caetano afirmou que só recentemente ficou sabendo dos detalhes da reunião do grupo Os Mutantes, que o acompanhou na época da Tropicália. Mas lamentou, apenas, que a banda tenha voltado desfalcada.
"Fiquei sabendo recentemente que a Rita Lee não vem. Pensei que viessem os três (Rita e os irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, que compunham a formação original da banda). Seria um acontecimento histórico, importantíssimo para todos nós. Se eu pudesse, convenceria a Rita a vir".
O cantor se exilou na capital britânica em 1969, juntamente com Gilberto Gil, durante o regime militar. De início, a cidade lhe causou certo estranhamento. "Eu me queixava muito das casas de tijolinhos todas iguais. Hoje em dia eu adoro. Depois do primeiro ano aqui, aprendi a gostar de Londres. Hoje em dia, gosto muito da cidade. A cidade está melhor, mais fácil. Mas, na época, ela já tinha essa sabedoria inglesa, de 'capital do Império'", diz, brincando.
Caetano segue um ritual toda vez que vem à cidade. Ele sempre visita a rua Redesdale, que abriga seu primeiro endereço na cidade, no bairro de Chelsea. "Ainda não fui lá desta vez. Mas porque meus filhos todos vão estar aqui, por conta da Semana Santa, e quero mostrar a cidade a eles", conta.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/306969/visualizar/
Comentários