Jovem é condenado por queimar mulher viva

Um tribunal francês sentenciou um homem a 25 anos de prisão por queimar uma adolescente até a morte dentro de um depósito de lixo em um subúrbio parisiense. Durante o julgamento, Jamal Derrar, 22 anos, admitiu o crime, mas disse que só queria assustar a menina. Derrar confessou que jogou gasolina na jovem e ameaçou-a com um isqueiro, mas alega que somente queria asustá-la. Tony Rocca, amigo de Derrar, foi condenado a oito anos de prisão por cumplicidade no crime.

"Foi um acidente", disse Derrar durante o julgamento. "Eu achei que conseguisse controlar a situação, me divertia ao ameaçá-la. O fogo começou repentinamente", disse. "Tenho medo. Eu sei que vou passar toda minha juventude na prisão, não tenho orgulho disto. Sinto-me envergonhado", completou.

Derrar foi acusador de tortura e barbarismo levando à morte não intencional. O jovem disse que queria conversar com Benziane sobre recomeçar seu relacionamento, recusado pela garota. Testemunhas disseram que os dois nunca estiveram juntos. Derrar havia discutido com o namorado de Benziane e queria soltar sua raiva na menina, disseram. "A imagem de uma mulher sendo queimada viva está nos levando à idade média", disse o promotor Jean-Paul Content à corte. "Sua morte se tornou um símbolo da violência mais extrema contra mulheres." A tragédia, que deixou Benziane rolando em agonia em um pedaço de grama para tentar apagar as chamas até morrer no hospital, causou a ira de muitos grupos feministas por toda a França.