Repórter News - reporternews.com.br
Belíssima faz cinco meses no ar com altos e baixos
Passados cinco meses desde sua estréia, Belíssima vem confirmando a impressão inicial de que seria uma novela cuja tônica dependeria da força - ou da falta de força - do elenco. Com uma direção competente de Denise Saraceni, os altos e baixos da trama acabam determinados pelas interpretações. Mas mesmo que o elenco seja heterogêneo, ainda assim as atuações muitas vezes acabam prejudicadas por uma instabilidade flagrante do roteiro, que inclui tipos e situações nem sempre verossímeis.
Leia o resumo de Belíssima
A trama de Silvio de Abreu derrapa em interpretações aquém das expectativas já no núcleo central da história. O triângulo amoroso composto por Júlia, André e Érica - Glória Pires, Marcelo Antony e Letícia Birkheuer, respectivamente ¿ não decolou, nem dá sinais de que vá decolar. O momento do trio também não colabora. A despeito de aparentes idas e vindas, a impressão que se tem é a de que seus personagens não evoluem na trama.
A única novidade fica por conta do repentino envolvimento de Vitória, de Cláudia Abreu, com André, o que reforça a possibilidade da personagem ter caráter duvidoso, recurso batido do autor. Alheia à credibilidade da personagem, Cláudia Abreu segue roubando a cena, com a extensão dramatúrgica que lhe é peculiar.
Enquanto isso, se Letícia Birkheuer tem a seu favor o fato de não ser do ramo e estar fazendo sua estréia na televisão, Glória Pires padece com uma personagem deprimente e deprimida. Marcelo Antony, por sua vez, atesta mais uma vez ser um ator de poucos recursos e que, até por sua grande exposição, acaba cansativo. Tangenciando o núcleo central, até o bravo Tony Ramos tem exagerado nos trejeitos de seu Nikos, um tipo de pouca profundidade. Com a escassez de expressividade na mansão dos Assumpção e nos escritórios da Belíssima, a magistral Fernanda Montenegro e sua Bia Falcão andam fazendo falta.
Longe do envidraçado cenário da parte rica da novela, outros personagens e situações confirmam sua incapacidade de convencer. É o caso do apático Cemil, de Leopoldo Pacheco, quase sempre passivo diante dos fatos que o envolvem. Depois de ser abandonado no altar pela Mônica, de Camila Pitanga, ele ainda teve de assistir a amada casando-se com o rival Alberto, de Alexandre Borges. Por outro lado, Alexandre comprova seu talento para "passear" do humor ao clima de mistério ou às armações nada éticas do personagem, mais um tipo dúbio da trama, embora bem-construído.
Já no núcleo da Vila Paulista, o momento é de Cláudia Raia. Na pele da "assanhada" Safira, ex-esposa de Alberto, a atriz parece estar experimentando o auge da beleza e da desenvoltura cênica. Cauã Reymond, por sua vez, mesmo com o maior destaque de seu personagem, o Matheus, continua limitado em suas expressões e com poucas nuances em sua interpretação. Reynaldo Gianecchini, ao contrário, confirmou o início promissor e parece um ator mais maduro. Pelo menos na pele de um tipo caricato e todo construído sobre uma linha cômica. Não será surpresa se, ao final do folhetim de Silvio de Abreu, o ator avaliar sua atuação em Belíssima como o melhor trabalho de sua carreira.
Com as principais estrelas da novela oscilando bons e maus momentos, alguns coadjuvantes vêm "abocanhando" boas fatias da atenção do público. Íris Bruzzi, por exemplo, está completamente à vontade como a ex-vedete Guida Guevara - que vem crescendo na trama e, inclusive, tem sido cortejada pelo japonês Takai, de Carlos Takeshi. Já Mary Montilla, a companheira dos tempos de teatro de revista interpretada por Carmem Verônica, por vezes se torna chata, com comentários sempre um tom acima do ideal.
Lívia Falcão é outra que deve fazer de Belíssima um passaporte para bons papéis no futuro. Sua Regina da Glória, a empregada dos Murat, que poderia facilmente cair no exagero, é adequadamente divertida. O cenário cômico da Vila é completado pelos bons "duetos" entre Marcelo Médice, intérprete do gago Fladson, e Jussara Freire, que faz a sua mãe, Tosca.
A trama de Silvio de Abreu derrapa em interpretações aquém das expectativas já no núcleo central da história. O triângulo amoroso composto por Júlia, André e Érica - Glória Pires, Marcelo Antony e Letícia Birkheuer, respectivamente ¿ não decolou, nem dá sinais de que vá decolar. O momento do trio também não colabora. A despeito de aparentes idas e vindas, a impressão que se tem é a de que seus personagens não evoluem na trama.
A única novidade fica por conta do repentino envolvimento de Vitória, de Cláudia Abreu, com André, o que reforça a possibilidade da personagem ter caráter duvidoso, recurso batido do autor. Alheia à credibilidade da personagem, Cláudia Abreu segue roubando a cena, com a extensão dramatúrgica que lhe é peculiar.
Enquanto isso, se Letícia Birkheuer tem a seu favor o fato de não ser do ramo e estar fazendo sua estréia na televisão, Glória Pires padece com uma personagem deprimente e deprimida. Marcelo Antony, por sua vez, atesta mais uma vez ser um ator de poucos recursos e que, até por sua grande exposição, acaba cansativo. Tangenciando o núcleo central, até o bravo Tony Ramos tem exagerado nos trejeitos de seu Nikos, um tipo de pouca profundidade. Com a escassez de expressividade na mansão dos Assumpção e nos escritórios da Belíssima, a magistral Fernanda Montenegro e sua Bia Falcão andam fazendo falta.
Longe do envidraçado cenário da parte rica da novela, outros personagens e situações confirmam sua incapacidade de convencer. É o caso do apático Cemil, de Leopoldo Pacheco, quase sempre passivo diante dos fatos que o envolvem. Depois de ser abandonado no altar pela Mônica, de Camila Pitanga, ele ainda teve de assistir a amada casando-se com o rival Alberto, de Alexandre Borges. Por outro lado, Alexandre comprova seu talento para "passear" do humor ao clima de mistério ou às armações nada éticas do personagem, mais um tipo dúbio da trama, embora bem-construído.
Já no núcleo da Vila Paulista, o momento é de Cláudia Raia. Na pele da "assanhada" Safira, ex-esposa de Alberto, a atriz parece estar experimentando o auge da beleza e da desenvoltura cênica. Cauã Reymond, por sua vez, mesmo com o maior destaque de seu personagem, o Matheus, continua limitado em suas expressões e com poucas nuances em sua interpretação. Reynaldo Gianecchini, ao contrário, confirmou o início promissor e parece um ator mais maduro. Pelo menos na pele de um tipo caricato e todo construído sobre uma linha cômica. Não será surpresa se, ao final do folhetim de Silvio de Abreu, o ator avaliar sua atuação em Belíssima como o melhor trabalho de sua carreira.
Com as principais estrelas da novela oscilando bons e maus momentos, alguns coadjuvantes vêm "abocanhando" boas fatias da atenção do público. Íris Bruzzi, por exemplo, está completamente à vontade como a ex-vedete Guida Guevara - que vem crescendo na trama e, inclusive, tem sido cortejada pelo japonês Takai, de Carlos Takeshi. Já Mary Montilla, a companheira dos tempos de teatro de revista interpretada por Carmem Verônica, por vezes se torna chata, com comentários sempre um tom acima do ideal.
Lívia Falcão é outra que deve fazer de Belíssima um passaporte para bons papéis no futuro. Sua Regina da Glória, a empregada dos Murat, que poderia facilmente cair no exagero, é adequadamente divertida. O cenário cômico da Vila é completado pelos bons "duetos" entre Marcelo Médice, intérprete do gago Fladson, e Jussara Freire, que faz a sua mãe, Tosca.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/307062/visualizar/
Comentários