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Internacional
Sábado - 08 de Abril de 2006 às 13:06

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Foi a primeira declaração do gênero feita por um representante oficial do governo iraquiano.



"Vivemos uma situação de guerra civil não declarada há pelo menos um ano", afirmou Kamal neste sábado.

Pouco depois da entrevista do vice-ministro do Interior, mais um carro-bomba explodiu em uma cidade de maioria xiita no Iraque, matando pelo menos seis pessoas e ferindo cerca de 20, de acordo com a polícia.

Mesquita

Os explosivos teriam sido detonados perto de um banco da cidade de Musayyib, ao sul de Bagdá, no dia seguinte a um ataque suicida contra uma mesquita xiita na capital iraquiana que deixou pelo menos 70 mortos.

A onda de violência religiosa levou um dos principais políticos xiitas, Abdul Aziz Hakim, a fazer um apelo por calma no país.

Ele afirmou aos seus simpatizantes que a intenção dos ataques é impedir a formação de um governo de unidade nacional.

Hakim pediu também para todos os iraquianos trabalharem juntos pelo país, inclusive sunitas.

As explosões de sexta-feira aconteceram quando os fiéis deixavam a mesquita de Buratha, ao norte da capital iraquiana, após as orações tradicionais do dia.

O ataque ocorreu um dia após a explosão de um carro-bomba ter deixado ao menos dez mortos perto do santuário sagrado do Imã Ali, em Najaf.

As tensões sectárias entre as comunidades muçulmanas xiita e sunita do país vêm ganhando força desde fevereiro, quando um santuário xiita na cidade de Samarra foi danificado em um atentado a bomba.

Figura importante

A mesquita atacada na sexta-feira é uma das mais importantes para os xiitas na capital iraquiana e tem capacidade para centenas de pessoas.

O imã da mesquita é deputado e é tido como uma figura importante na coalizão governista iraquiana, dominada pelos xiitas.

Na quinta-feira, o ministro do Interior do Iraque advertiu sobre possíveis ataques a mesquitas em Bagdá na sexta-feira.

Ele havia dito ter recebido informações de inteligência de que insurgentes estariam se preparando para detonar sete bombas na capital.

EUA

O embaixador americano no Iraque, Zalmay Khalilzad, disse em entrevista à BBC que autoridades americanas vêm mantendo negociações com alguns grupos ligados à insurgência iraquiana.

Khalilzad disse acreditar que as negociações já tiveram um impacto e que o número de ataques de militantes iraquianos contra soldados americanos caiu.

Mas ele descartou negociações com os grupos que ele classificou como “sadamistas” e “terroristas”.

Ele também pediu aos líderes iraquianos para quebrarem o impasse sobre quem chefiará o novo governo de união nacional.





Fonte: BBC Brasil

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