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Nacional
Sábado - 08 de Abril de 2006 às 10:35

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No Dia Mundial da Saúde, um alerta: pesquisadores descobriram uma nova forma do vírus da Aids no Brasil. Para os médicos que estudam o HIV, as vacinas e as medidas de prevenção terão de ser adaptadas a esta nova realidade. A descoberta foi publicada na mais importante revista internacional especializada em Aids, "Aids Research and Human Retroviruses". O estudo foi feito em Santos, no litoral paulista, cidade com alta incidência da doença.

Os testes foram feitos em 100 pacientes que estão nos primeiros seis meses de infecção pela Aids. Em 50 deles foram encontradas as novas formas de vírus, o que demonstra que elas têm capacidade de se instalar e se espalhar.

As nova formas de vírus nasceram de uma espécie de casamento genético no corpo de pacientes contaminados mais de uma vez pelo HIV. O tipo 1 do vírus da Aids, o mais comum, tem 9 subtipos. A combinação de dois deles, o b e o f, deu origem aos vírus CRF 28 e CRF 29. De acordo com o infectologista Marcos Caseiro, para um indivíduo se contaminar num período curto duas vezes com vírus diferentes, a contaminação tem de partir de parceiros diferentes.

Os pesquisadores dizem que não há motivos para alarme porque os exames de sangue existentes já são capazes de identificar as novas formas de vírus, mas a epidemia pode assumir um novo perfil. "Uma vacina criada nos EUA ou na Europa Ocidental pode não ter a mesma eficácia em um país que tenha vírus diferentes", afirma Ricardo Diaz, infectologista.

"Não indica a existência de um super vírus, mas nos orienta sobre modificações na forma dos tratamentos, nas indicações terapêuticas que os paciente têm hoje disponíveis no Brasil", conclui Mariangela Simão, do Programa Nacional de DST e Aids. As informações são do Jornal Hoje, da TV Globo.





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