Monumentos antigos, idéias novas

Dos 10 do projetos previstos no Plano de Desenvolvimento Urbano de Cuiabá, apresentado mês passado, quatro são apontados como prioridade para execução: o Morro da Caixa d’Água, Cais do Porto, Centro Geodésico da América do Sul e a Praça Eurico Gaspar Dutra (Popular).

A presidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Urbano (IPDU), Adriana Bussik Santos, explica que a escolha levou em conta a localização e o potencial turístico dos monumentos.

Entretanto, diz Adriana, ainda não há recursos alocados e prazo para início das obras. Por enquanto, os projetos estão no IPDU para elaboração da parte executiva, que inclui o dimensionamento e a especificação dos materiais a serem utilizados.

Depois disso, os projetos serão encaminhados à Secretaria de Infra-estrutura para que possam ter seus custos estimados e começar a capitação de recursos.

O Morro da Caixa d’Água é onde fica o mais antigo reservatório público de Cuiabá, construído em 1882 e desativado há mais de meio século. O monumento, encravado na área central - no cruzamento das ruas Comandante Costa e Nossa Senhora de Santana -, esconde uma galeria subterrânea que poucos conhecem.

Em estilo romano, a galeria tem dois acessos e condições para visitação pública. O projeto da prefeitura, elaborado pela equipe da empresa de consultoria do ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner, propõe a restauração da galeria e a construção de uma arcada na parte externa, de onde correrá um filete de água que em seguida se transformaria em uma mini-cachoeira com vista principal pela rua Desembargador Ferreira Mendes.

Na parte interna das galerias, devem ser dispostos em vários pontos peças artesanais, banners, folders e outros objetos que fazem referência à história e costumes da população cuiabana.

No Cais do Porto, na avenida Beira Rio, pouco abaixo da ponte Júlio Müller, a restauração prevê na estrutura principal coberta na via de acesso e um “teatro do rio”, erguido em metal e vidro no qual está previsto um auditório com capacidade para 150 pessoas. Fora do local, na outra margem da avenida Beira Rio, seriam criados espaços culturais e comerciais.

No Centro Geodésico da América do Sul, na praça da Câmara de Vereadores, entre outras transformações a prefeitura quer construir a rosa dos ventos nas cores preto e branco, preenchida com granito com o símbolo das capitais que compõem os países do Mercosul em suas extremidades.

Para a Praça Eurico Gaspar Dutra, Popular, o município prevê a elevação do piso das duas travessas entre as ruas Senador Vilas Boas e Brigadeiro Eduardo Gomes até o nível do meio fio, criando rampas nas extremidades. De dia seria mantido o tráfego de veículos, mas à noite os dois trechos seriam em espaços comerciais. A proposta enfrenta resistência de muitos moradores.