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Antigo grilo é vizinho do Alphaville
Quem passa pela avenida Arquimedes Pereira Lima, conhecida como Estrada do Moinho, consegue enxergar um dos maiores contrastes de Cuiabá. De um lado, o imponente bairro Jardim Itália, onde estão localizados alguns dos condomínios mais caros da cidade, entre eles o esperado Alphaville. Do outro lado dos muros altos das casas e condomínios, está o Renascer, surgido de uma invasão há poucos anos e sem legalização.
Para o professor de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Benedito Pereira, Cuiabá é uma cidade com absoluta desigualdade social, cuja economia não pode ser compreendida de forma autônoma porque retrata a situação econômica do Estado, que é desigual.
De acordo com o último censo do IBGE, feito em 2000, o bairro cujos moradores têm os maiores salários é o Santa Rosa, onde o ganho médio é de R$ 5,6 mil ao mês. O segundo bairro no ranking é o Jardim das Américas, com rendimento médio de R$ 4,8 mil. No terceiro lugar está o bairro Popular, onde a renda mensal média é de R$ 4,6 mil.
Na outra ponta do ranking está o Santa Laura, onde os moradores recebem em média R$ 303, seguido pelo Jardim Fortaleza, onde a média do rendimento médio mensal é de R$ 333. O Jardim Vitória é o terceiro com a menor renda mensal de acordo com a pesquisa do IBGE, com R$ 338.
Benedito Pereira explica que as diferenças sociais ocorrem porque cidades como Cuiabá são receptoras de mão de obra, em geral desqualificada ou com pouca qualificação, de pessoas que se deslocam de outros centros.
A economia de Cuiabá começou a se transformar e a ter pólos de desigualdade, disse o professor, a partir dos anos 70, quando houve um esgotamento da ocupação fundiária nos outros estados do País e uma parte da população migrou para os pólos vazios, entre eles Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
“Chegando em Mato Grosso, o Estado não conseguiu absorver toda essa mão de obra e essa população foi expulsa dos centros agrícolas. Diante desse quadro, é comum a população buscar proteção nos centros onde há maior estrutura de saúde e educação, normalmente localizados nas capitais e grandes centros”, avalia o professor.
Segundo ele, foi isso que ocorreu em Cuiabá, gerando milhares de problemas, como pobreza, nível de qualificação e renda baixos. “Essa transformação da economia da Capital, devido ao cenário estadual, continua ocorrendo e é preciso uma ação efetiva do governo para a qualificação real dessa mão de obra”, pondera Benedito Pereira.
Para o professor de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Benedito Pereira, Cuiabá é uma cidade com absoluta desigualdade social, cuja economia não pode ser compreendida de forma autônoma porque retrata a situação econômica do Estado, que é desigual.
De acordo com o último censo do IBGE, feito em 2000, o bairro cujos moradores têm os maiores salários é o Santa Rosa, onde o ganho médio é de R$ 5,6 mil ao mês. O segundo bairro no ranking é o Jardim das Américas, com rendimento médio de R$ 4,8 mil. No terceiro lugar está o bairro Popular, onde a renda mensal média é de R$ 4,6 mil.
Na outra ponta do ranking está o Santa Laura, onde os moradores recebem em média R$ 303, seguido pelo Jardim Fortaleza, onde a média do rendimento médio mensal é de R$ 333. O Jardim Vitória é o terceiro com a menor renda mensal de acordo com a pesquisa do IBGE, com R$ 338.
Benedito Pereira explica que as diferenças sociais ocorrem porque cidades como Cuiabá são receptoras de mão de obra, em geral desqualificada ou com pouca qualificação, de pessoas que se deslocam de outros centros.
A economia de Cuiabá começou a se transformar e a ter pólos de desigualdade, disse o professor, a partir dos anos 70, quando houve um esgotamento da ocupação fundiária nos outros estados do País e uma parte da população migrou para os pólos vazios, entre eles Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
“Chegando em Mato Grosso, o Estado não conseguiu absorver toda essa mão de obra e essa população foi expulsa dos centros agrícolas. Diante desse quadro, é comum a população buscar proteção nos centros onde há maior estrutura de saúde e educação, normalmente localizados nas capitais e grandes centros”, avalia o professor.
Segundo ele, foi isso que ocorreu em Cuiabá, gerando milhares de problemas, como pobreza, nível de qualificação e renda baixos. “Essa transformação da economia da Capital, devido ao cenário estadual, continua ocorrendo e é preciso uma ação efetiva do governo para a qualificação real dessa mão de obra”, pondera Benedito Pereira.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/307195/visualizar/
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