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Cuiabá: Uma capital de extremos
Onde encontrar os extremos de uma capital que completa 287 anos? Onde mensurá-los? Onde buscar sua definição mais exata? Para a produção deste caderno especial de aniversário, os números do IBGE e as informações obtidas junto ao Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (IPDU) representaram apenas um primeiro passo.
Seguindo as pistas dadas pela demografia, nossos repórteres foram às ruas em busca de respostas. Como vivem os habitantes do bairro mais rico e do mais pobre? Qual é a rotina de seus mais jovens e mais idosos moradores? Onde o sonho da casa própria é mais concreto? Onde a violência é mais freqüente?
Na Cuiabá do século 21, é possível encontrar gente vivendo de lavouras e da criação de gado. E outros que atrelam a vida à segurança dos apartamentos ou condomínios fechados. Há os que já não suportam mais. E os que enfrentam o caos urbano com espantosa simplicidade.
Entre os que ainda mantêm a esperança está uma cuiabana de 80 anos cuja rotina é, em si mesma, um grande contraste entre o antigo e o moderno. Dentro de casa, dona Elmy Rocha vive no mesmo ritmo da Cuiabá de outrora: cadeira de balanço, árvores no quintal e hospitalidade a toda prova.
Do lado de fora, estão o trânsito barulhento e congestionado, os pedestres impacientes, os bancos, as repartições públicas e os estabelecimentos comerciais da região central da cidade. Mesmo “ilhada” pelo progresso, ela não pensa em deixar a casa em que sempre viveu. E assim é feliz.
Felicidade que o lavrador José Rodrigues Amorim diz compartilhar em outro extremo. Vivendo há 12 anos em uma zona de expansão urbana nas imediações do bairro Pedra 90, ele optou pela vida rural como quem realiza um sonho de menino. “Gosto de lavoura. Foi o que eu aprendi primeiro a fazer na vida”.
Trocou a agitação da cidade pela bucólica rotina da criação de vacas e das lavouras de subsistência. E chegou ao campo, paradoxalmente, em busca de uma vida mais agitada. “Tenho mais de 70 anos. Na cidade eu nunca iria arrumar ocupação. E quem fica parado logo enferruja. Aqui estou sempre em movimento”.
No Jardim Itália, bairro que abriga a maior desigualdade de renda, a diferença está expressa na condição de vida dos moradores dos loteamentos irregulares - como o Renascer e 21 de abril – e os condomínios fechados de luxo, que se multiplicam sob o temor da criminalidade.
Contrastes de renda, de escolaridade, de condições de moradia e de formas distintas de ver e levar a vida. Uma cidade diversa, complexa, que exigirá de seus governantes bem mais do que boa vontade no caminho do seu tricentenário. Será preciso atenção àquilo que nos aproxima. Mas, em especial, ao que nos diferencia.
Seguindo as pistas dadas pela demografia, nossos repórteres foram às ruas em busca de respostas. Como vivem os habitantes do bairro mais rico e do mais pobre? Qual é a rotina de seus mais jovens e mais idosos moradores? Onde o sonho da casa própria é mais concreto? Onde a violência é mais freqüente?
Na Cuiabá do século 21, é possível encontrar gente vivendo de lavouras e da criação de gado. E outros que atrelam a vida à segurança dos apartamentos ou condomínios fechados. Há os que já não suportam mais. E os que enfrentam o caos urbano com espantosa simplicidade.
Entre os que ainda mantêm a esperança está uma cuiabana de 80 anos cuja rotina é, em si mesma, um grande contraste entre o antigo e o moderno. Dentro de casa, dona Elmy Rocha vive no mesmo ritmo da Cuiabá de outrora: cadeira de balanço, árvores no quintal e hospitalidade a toda prova.
Do lado de fora, estão o trânsito barulhento e congestionado, os pedestres impacientes, os bancos, as repartições públicas e os estabelecimentos comerciais da região central da cidade. Mesmo “ilhada” pelo progresso, ela não pensa em deixar a casa em que sempre viveu. E assim é feliz.
Felicidade que o lavrador José Rodrigues Amorim diz compartilhar em outro extremo. Vivendo há 12 anos em uma zona de expansão urbana nas imediações do bairro Pedra 90, ele optou pela vida rural como quem realiza um sonho de menino. “Gosto de lavoura. Foi o que eu aprendi primeiro a fazer na vida”.
Trocou a agitação da cidade pela bucólica rotina da criação de vacas e das lavouras de subsistência. E chegou ao campo, paradoxalmente, em busca de uma vida mais agitada. “Tenho mais de 70 anos. Na cidade eu nunca iria arrumar ocupação. E quem fica parado logo enferruja. Aqui estou sempre em movimento”.
No Jardim Itália, bairro que abriga a maior desigualdade de renda, a diferença está expressa na condição de vida dos moradores dos loteamentos irregulares - como o Renascer e 21 de abril – e os condomínios fechados de luxo, que se multiplicam sob o temor da criminalidade.
Contrastes de renda, de escolaridade, de condições de moradia e de formas distintas de ver e levar a vida. Uma cidade diversa, complexa, que exigirá de seus governantes bem mais do que boa vontade no caminho do seu tricentenário. Será preciso atenção àquilo que nos aproxima. Mas, em especial, ao que nos diferencia.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/307196/visualizar/
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