PT sacrifica Estados por apoios nacionais

Reunida ontem em São Paulo, a Executiva Nacional do PT decidiu acelerar a negociação com possíveis partidos aliados nas eleições estaduais, para garantir o maior número possível de palanques na campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Esperamos que o PT possa até o final deste mês ter um quadro amadurecido das coligações possíveis", disse o presidente do PT, Ricardo Berzoini.

É provável que Lula fique à frente das negociações nacionais e forme com Berzoini e o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, um comitê para a coordenação da campanha. O PT admite abrir mão da candidatura própria em sete Estados, em benefício de nomes do PSB e do PMDB.

As negociações com o PSB envolvem o Ceará, com o irmão do ex-ministro Ciro Gomes, Cid Gomes; o Rio Grande do Norte, para a reeleição de Wilma de Faria, e o Maranhão, possivelmente com o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Edson Vidigal.

O PMDB pode ser beneficiado em Roraima, com o PT aderindo à candidatura do ex-ministro Romero Jucá; na Paraíba, com apoio à reeleição do governador José Maranhão; e no Tocantins, com o PT aderindo à campanha do governador Marcelo Miranda. Também há negociações para que o partido abdique da cabeça de chapa na disputa pelo governo do Distrito Federal. O ex-ministro dos Esportes Agnelo Queiroz, do PCdoB, já lançou sua candidatura.