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Sexta - 07 de Abril de 2006 às 10:30

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O Ministério da Cultura da China indicou que o povo e o mercado terão a última palavra no desenvolvimento dos cibercafés, um negócio fortemente controlado pela censura comunista, informou hoje a agência oficial "Xinhua". "As autoridades locais devem decidir o número de internet cafés em sua região de acordo com a demanda do mercado", disse Tuo Zuhai, um alto funcionário do Ministério de Cultura.

Segundo o representante, o Governo chinês concederá novas licenças naquelas áreas "onde a demanda exceda a oferta de cibercafés", enquanto nas regiões onde se considere já haver muitos estabelecimentos, novas autorizações não serão concedidas.

Em 2004, o Governo chinês lançou uma campanha "de correção de rota do incipiente negócio dos cafés da internet" que promoveu o fechamento dos estabelecimentos que não dispunham de "licença" e que suspendeu a aprovação para novos empreendimentos. "O Governo continuará apoiando o desenvolvimento de franquias de cibercafés", disse Tuo, acenando com uma nova postura governamental.

A China é o segundo país com maior número de internautas, 111 milhões (segundo depois dos Estados Unidos, com 159 milhões). A internet se transformou em um espaço no qual os cidadãos chineses podem se expressar com liberdade, razão pela qual o Governo comunista mantém uma forte censura com o consentimento de multinacionais como Google e Yahoo.

No entanto, os analistas destacam que os esforços de Pequim em censurar a rede não terão eficácia, e que, em breve, o uso da internet será realmente maciço na China e seu controle se tornará praticamente impossível.

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que defende a liberdade de imprensa no mundo, qualificou a China, nos dois últimos anos, como "a maior prisão do mundo para jornalistas", já que o Governo daquele país mantém 32 repórteres e 62 "ciberdissidentes" presos. c




Fonte: EFE

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