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Dólar fraco afasta empresas da exportação
O dólar fraco está estimulando a entrada de novas empresas importadoras no mercado e afastando pequenos e médios exportadores. Até fevereiro, segundo a AEB (Associação Brasileira de Comércio Exterior), mais 862 empresas começaram a importar.
O crescimento no número de importadoras é bem maior do que o que já havia sido registrado entre janeiro e fevereiro do ano passado, quando 218 empresas começaram a importar.
Neste ano, entre janeiro e fevereiro, foram registradas 14.284 importadoras, enquanto durante o mesmo período do ano passado havia 13.422 empresas importadoras registradas.
Do lado das exportações, a AEB registrou baixa de 596 empresas que deixaram de embarcar produtos para o exterior entre janeiro e fevereiro. Até fevereiro de 2005, a instituição registrou 10.674 exportadores. Neste ano, o número caiu para 10.078.
"Por causa da manutenção do câmbio em patamares baixos, já esperava que o número de exportadores continuasse caindo, mas a queda foi maior do que imaginava", disse o vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro.
Ele disse que não foram registrados os tamanhos das empresas, mas, desde 2005, são os pequenos exportadores de produtos manufaturados e semimanufaturados que estão deixando o mercado externo.
"Se continuarmos nesse ritmo de baixas, vamos chegar ao fim do ano com menos exportadoras do que em 2001."
Naquele ano, 17.267 empresas exportaram, mas o número foi crescendo até chegar a 18.608 empresas exportadoras. No ano passado, pela primeira vez em dez anos, o Ministério do Desenvolvimento registrou saldo negativo de 951 entre o número de novos exportadores e empresas que deixaram de embarcar.
Para o secretário de Comércio Exterior, Armando Meziat, houve mais desistentes entre as micro, pequenas e médias empresas do que entre as grandes. Em 2005, entraram 2.593 novos exportadores que embarcam até US$ 100 mil por ano e desistiram do mercado externo 3.662 empresas, um saldo negativo de 1.069 exportadores.
Por enquanto, o governo não está preocupado com o aumento das importações, que neste ano crescem em ritmo mais acelerado do que no ano passado. Até março, já subiram 24,1%, enquanto os embarques cresceram 20,2%.
Apesar da saída das pequenas empresas, disse Meziat, as exportações continuam surpreendendo e o governo conta com saldo comercial elevado, embora menos que os US$ 44,8 bilhões de 2005.
Tanto o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, como o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já disseram que um superávit de US$ 35 bilhões será considerado bom, já que o país precisa voltar a crescer a um ritmo mais acelerado e, para isso, precisa aumentar as importações. c
O crescimento no número de importadoras é bem maior do que o que já havia sido registrado entre janeiro e fevereiro do ano passado, quando 218 empresas começaram a importar.
Neste ano, entre janeiro e fevereiro, foram registradas 14.284 importadoras, enquanto durante o mesmo período do ano passado havia 13.422 empresas importadoras registradas.
Do lado das exportações, a AEB registrou baixa de 596 empresas que deixaram de embarcar produtos para o exterior entre janeiro e fevereiro. Até fevereiro de 2005, a instituição registrou 10.674 exportadores. Neste ano, o número caiu para 10.078.
"Por causa da manutenção do câmbio em patamares baixos, já esperava que o número de exportadores continuasse caindo, mas a queda foi maior do que imaginava", disse o vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro.
Ele disse que não foram registrados os tamanhos das empresas, mas, desde 2005, são os pequenos exportadores de produtos manufaturados e semimanufaturados que estão deixando o mercado externo.
"Se continuarmos nesse ritmo de baixas, vamos chegar ao fim do ano com menos exportadoras do que em 2001."
Naquele ano, 17.267 empresas exportaram, mas o número foi crescendo até chegar a 18.608 empresas exportadoras. No ano passado, pela primeira vez em dez anos, o Ministério do Desenvolvimento registrou saldo negativo de 951 entre o número de novos exportadores e empresas que deixaram de embarcar.
Para o secretário de Comércio Exterior, Armando Meziat, houve mais desistentes entre as micro, pequenas e médias empresas do que entre as grandes. Em 2005, entraram 2.593 novos exportadores que embarcam até US$ 100 mil por ano e desistiram do mercado externo 3.662 empresas, um saldo negativo de 1.069 exportadores.
Por enquanto, o governo não está preocupado com o aumento das importações, que neste ano crescem em ritmo mais acelerado do que no ano passado. Até março, já subiram 24,1%, enquanto os embarques cresceram 20,2%.
Apesar da saída das pequenas empresas, disse Meziat, as exportações continuam surpreendendo e o governo conta com saldo comercial elevado, embora menos que os US$ 44,8 bilhões de 2005.
Tanto o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, como o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já disseram que um superávit de US$ 35 bilhões será considerado bom, já que o país precisa voltar a crescer a um ritmo mais acelerado e, para isso, precisa aumentar as importações. c
Fonte:
24HorasNews
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/307386/visualizar/
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