Polícia procura jogo do bicho

Investigadores da Delegacia Regional de Várzea Grande cumpriram quatro mandados de busca e apreensão a procura de materiais de jogo do bicho na cidade. Os mandados foram expedidos pela juíza da comarca, Celma Rosani Santos. Quatro delegados e pelo menos 20 policiais foram a residências nos bairros Santa Laura, Figueirinha, Água Limpa e Jardim Costa Verde. Esses locais são tidos como ponto de recolhimento de apostas. A ação foi articulada após a realização da operação Fênix II, desencadeada há dez dias na área do CPA. Para a polícia o mesmo grupo, ainda sob a tutela de João Arcanjo Ribeiro, atua nas duas cidades. Após o cumprimento dos mandados um termo circunstanciado foi lavrado e alguns quadros usados para os apontamentos (anotações) dos bichos sorteados foram apreendidos.

Para a polícia, é possível que os responsáveis pela administração do jogo na cidade tenham mudado de estratégia com a finalidade de evitar serem localizados em ações de repressão a esse tipo de delito. Acredita-se que, temerosos, estejam trocando com muita frequência os postos de recolhimentos de apostas.

As investigações da Polícia Civil revelam que as extrações seguem os números da loteria federal e a informação sobre os vencedores é feita por telefone.

No último dia 23 de março policiais que atuaram na operação Fênix II encontraram talonários de fornecimento de água e energia elétrica em nome de João Arcanjo Ribeiro, em uma casa do CPA II, o que confirmou as suspeitas de que mesmo preso ele mantém todo o esquema de exploração. O delegado Wilson Leite, titular do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) Planalto, responsável pela apreensão de mais de mil blocos com a marca colibri e prisão de quatro pessoas, informou que vai encaminhar pedido para que Arcanjo possa ser ouvido sobre o caso à Justiça. As operações demonstram que a prática ainda é comum, mas agora corre de maneira sigilosa. Até agora só cambistas e administradores do jogo foram detidos.