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Quinta - 06 de Abril de 2006 às 06:39
Por: Rose Domingues

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Após 10 anos a reforma do Cine Teatro Cuiabá finalmente sai do papel. A reabertura do espaço, que já foi um dos redutos da cultura cuiabana, está prevista para agosto. As salas de cinema foram substituídas por um palco central onde acontecerão apresentações de teatro, dança, orquestras e recitais.

A engenheira contratada para dar andamento a obra, Célia Mazzer Cunha, diz que foi necessário recuperar toda estrutura que dá sustentação ao prédio de 1.950 metros quadrados, datado da década de 40 e que apresentava comprometimentos graves nas partes elétrica e hidráulica. "Trocamos telhado, demolimos paredes, limpamos e refizemos serviços existentes".

Quem passa pela fachada da construção, que fica na avenida Getúlio Vargas, centro da cidade, fica intrigado com a placa indicando término da reforma em janeiro deste ano. Se levada ao pé da letra, a reforma já estaria quase 2 meses atrasada. Mas Célia justifica que este foi o prazo apenas da primeira parte do projeto, iniciado em outubro do ano passado.

Ela explica que de uma simples recuperação do patrimônio público, a idéia se estendeu para a adaptação do local a de um grande teatro, com espaço para 3 camarins, 565 lugares num grande auditório, palco proscênico, recepção e área administrativa. "Também contamos com projetos especializados nas áreas cenotécnicas, climatização, sonorização e imagem".

O secretário estadual de Cultura, João Carlos Ferreira, afirma que serão gastos em torno de R$ 4,5 milhões, dinheiro já assegurado no orçamento deste ano. O Cine Teatro será a mais nova sede da Orquestra do Estado, que pretende fazer ensaios abertos para a população. "Pretendo criar uma programação acessível para as pessoas que estejam com tempo disponível na hora do almoço".

Lá dentro, cerca de 50 trabalhadores cavam, rebocam, reconstróem quase meio século da história mato-grossense. Com uma arquitetura típica do Estado Novo, o Cine Teatro foi fundado em 23 de maio de 1942 no governo de Júlio Müller e construído em concreto armado trazido pelo engenheiro Cássio Veiga de Sá.

Nas décadas de 50 e 60 foi o principal ponto de encontro da sociedade cuiabana, com seu salão de chá, cinema e teatro. Tombado como patrimônio histórico desde 1984, está fechado desde 1996.





Fonte: A Gazeta

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