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Nacional
Quarta - 05 de Abril de 2006 às 14:13
Por: Gorette Brandão

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O senador José Jorge (PFL-PE) cobrou nesta quarta-feira (5), em Plenário, o afastamento de Paulo Okamotto da presidência do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Ele apelou para que a providência seja tomada pelo conselho da instituição caso não parta do próprio governo.

O pedido foi justificado como uma resposta à relutância de Okamotto em autorizar a abertura de seu sigilo bancário, aprovada pelo Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos mas bloqueada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Pesa sobre o presidente do Sebrae a suspeita de ter pagado dívidas do presidente Lula junto à tesouraria do PT e despesas de campanha eleitoral de sua filha Lurian Cordeiro da Silva.

- Ele não pode se recusar a abrir o sigilo e continuar ocupando um cargo público ou quase público. Ou autoriza ou deixa a presidência do Sebrae - argumentou.

José Jorge ainda contestou afirmação do ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, de que o presidente Lula nunca teria reconhecido a existência da dívida junto ao PT - de R$ 29.400, supostamente originada de um empréstimo pessoal feito pelo partido do qual, à época, era presidente de honra.

- Se a dívida não existia, por que o amigo Okamotto correu para saldá-la? -questionou José Jorge.

O senador também criticou Okamotto por ter recorrido a habeas corpus para enfrentar a acareação, na terça-feira (4), na CPI dos Bingos, com o ex-secretário de Finanças da Prefeitura de São José do Rio Preto Paulo de Tarso Venceslau. Com essa proteção, ele se negou a responder a perguntas que pudessem lhe comprometer com respeito às denúncias, feitas por Venceslau, de que participava de esquema de arrecadação de recursos não contabilizados para as campanhas petistas.

- Há muitas histórias mal contadas e que precisam ser apuradas - cobrou José Jorge.

Em aparte, o senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA) criticou o PT por, agora, admitir a flexibilização de valores e condutas que condenava no passado, como a prática de caixa dois. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), também em aparte, observou que essa prática permeia as campanhas eleitorais e manifestou apoio à proposta do PFL para que todos os gastos sejam registrados e divulgados imediatamente na internet.

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Fonte: Agência Senado

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