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Quarta - 05 de Abril de 2006 às 08:10
Por: Clarice Navarro Diório

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A Polícia Rodoviária Federal não tinha ontem como estimar o número de veículos parados, nos dois sentidos da rodovia entre Cuiabá e Cáceres, devido ao alagamento de um trecho da estrada, causado por uma enchente que fez transbordar o rio Sangradorzinho, a 100 quilômetros de Cáceres, próximo ao posto da PRF no km 120.

A pista foi interrompida pela manhã. Em alguns pontos, a água estava a 80 centímetros sobre a pista. Nem mesmo veículos grandes passavam. Uma equipe do Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transportes (Dnit) chegou ao trecho pela manhã, e permaneceu durante todo o dia fazendo testes e avaliando se havia como liberar os caminhões com cargas, especialmente as perecíveis. Mas até as 18 horas a rodovia continuava interditada. A preocupação dos técnicos era com a possibilidade de rompimento.

A BR-070 é a única rodovia federal que liga a Capital a Cáceres e demais municípios da região sudoeste. Há estradas vicinais sem pavimentação, que passam por fazendas, mas devido às chuvas, elas também estão com as condições de trafegabilidade comprometidas. Em Cáceres, a BR-070 encontra com a 174, que liga Mato Grosso a Rondônia.

Duas equipes da PRF se concentraram nos trevos do Lagarto, em Várzea Grande, e no Portal temático localizado na entrada de Cáceres, informando e orientando os motoristas a não prosseguir. Em Cáceres, os pátios dos vários postos de gasolina na avenida São Luiz, que corta a cidade, ficaram logo lotados. A média diária de tráfego no posto da PRF em Cáceres é de três mil veículos, nos dois sentidos.

Na tarde e noite de ontem voltou a chover forte em Cáceres, o que poderá comprometer ainda mais a situação. Segundo a Polícia Rodoviária, não há previsão de liberação da rodovia. Somente quando a água baixar. Ontem à noite, nos pontos mais profundos do alagamento, que atingia uma extensão de 300 metros, o nível era de 60 centímetros.

No pátio do posto 120, entre Cuiabá e o local interditado, não havia mais lugar para parar. Motoristas de caminhões, ambulâncias e carros pequenos se misturavam na espera, todos ansiosos por informações. Vários motoristas de caminhão com cargas perecíveis afirmavam que poderiam perder a carga. Um deles, Roberto França, transportava frutas importadas. "É uma carga valiosa, mas pelo que estou vendo, vai ficar perdida, pois é muito frágil".





Fonte: Da Sucursal de Cáceres

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