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Cidades/Geral
Quarta - 05 de Abril de 2006 às 07:54

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As tentativas de negociação entre os integrantes do Movimento Sem-terra (MST) que ocupam desde segunda-feira a sede o Incra em Mato Grosso e a superintendência do órgão não avançaram, e as 280 famílias permanecerão no prédio. Ontem de manhã, o superintendente Leonel Wohlfahrt conversou com representantes do movimento para receber a pauta de reivindicação, que incluía 42 áreas pleiteadas.

“Desse total, 10 fazendas já estão bem adiantadas, oito em Brasília com pelo menos cinco para emissão do Título da Dívida Agrária para o pagamento. Outras 15 áreas estão na fase de produção de relatórios, com problemas de documentação. Sete outras estão com processos judiciais no STF (Superior Tribunal Federal) e duas, aqui no Estado. Nesses casos, não temos como interferir, temos que aguardar o parecer da Justiça. Além disso, existem 20 áreas novas para fazer vistoria e iniciar o processo, sendo cinco já notificadas. As demais estão em processo administrativo para produzir a cadeia dominial”, resumiu a situação das áreas requisitadas o superintendente.

Wohlfahrt também informou que pediu a desocupação do prédio pelos manifestantes o quanto antes para que possa dar continuidade aos processos, tendo acesso aos documentos que estão na sede. “Se eles não saírem até amanhã, vamos pedir a reintegração de posse”.

Para os integrantes do movimento, as respostas oferecidas pelo representante do Incra não foram satisfatórias. “Eles dizem que vão assumir a responsabilidade de correr atrás, mas alegam que não têm recursos para nada, nem para fazer uma diligência de estudo de área. Enquanto isso, não vamos desocupar o prédio até que apareça uma proposta bastante ‘engatilhada’”, Helena de Souza, do MST.





Fonte: Diário de Cuiabá

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