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Quarta - 05 de Abril de 2006 às 06:39

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A juíza da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Maria Aparecida Ferreira Fago, já recebeu a degravação (transcrição) da fita e do CD apresentados semana passada pela defesa do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, durante a audiência sobre o assassinato do empresário Sávio Brandão.

A informação foi repassada ontem por funcionários do cartório da 12ª Vara Criminal, confirmando que a fita e o CD entregues pelo advogado de Arcanjo, Zaid Arbid, devidamente periciados pelo Instituo de Criminalística, foram juntados em processo apartado. Agora, fica à espera da decisão da magistrada em acatá-los ou não como prova no processo.

Acatando um pedido da pessoa dona da voz na gravação, que também foi arrolada como testemunha de defesa por Arbid para comparecer ao fórum no próximo dia 19, Maria Aparecida Fago recomendou que o material fosse mantido sob sigilo. “Recomendam a preservação do sigilo da fita cassete e do CD Rom apresentados, conforme o artigo 8ª da Lei 9.296 de 24 de julho de 1996”, consta no texto do despacho de ontem preferido pela juíza. Isso significa que somente as partes terão acesso ao teor da gravação.

Conforme uma funcionária do cartório da 12ª Vara Criminal, o pedido da testemunha de defesa foi feito na intenção de que seja preservada sua imagem até que a maneira como a gravação foi feita e adquirida pelos advogados de Arcanjo seja descoberta. O pedido da testemunha foi protocolado na semana passada e acatado pela juíza.

A gravação apresentada pela defesa de João Arcanjo revela uma conversa entre a mãe e a namorada do possível mandante do assassinato de Sávio Brandão, em que as duas marcam um encontro para que a mãe tome conhecimento de uma outra conversa gravada entre o suposto mandante e sua esposa confirmando a autoria do crime. Segundo Zaid Arbid, o possível mandante seria filho de uma personalidade do Poder Judiciário de Mato Grosso, informação revelada durante o depoimento das testemunhas de acusação, em 24 de março.

MANHOSO - Acontece amanhã a primeira audiência do processo que apura quem seria o responsável pelo homicídio do empresário Mauro Manhoso, morto em outubro de 2000, em que Arcanjo também figura como denunciado. Por questão de segurança, o juiz da 13ª Vara Criminal de Cuiabá, Adilson Polegato de Freitas, decidiu ouvir o bicheiro no presídio Pascoal Ramos, onde está detido desde 11 de março. O interrogatório está marcado para as 14 horas.

Segundo o Ministério Público, responsável pela acusação, Arcanjo teria mandado matar o empresário porque Manhoso tinha a intenção de iniciar uma loteria do tipo “raspadinha” no Estado, o que atrapalharia os negócios do ‘comendador’. Além de Manhoso e Brandão, Arcanjo também é acusado de ser o mandante do assassinato de mais cinco pessoas, duas delas por supostamente estarem interferindo em sua atividade de jogo, os empresários Rachid Jaudy e Rivelino Brunini, que atuavam no mercado de máquinas caça-níqueis de Mato Grosso.





Fonte: Diário de Cuiabá

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