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Nacional
Quarta - 05 de Abril de 2006 às 06:23

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A investigadora Renata Pereira de Azevedo, 26 anos, que é transexual e na realidade se chama Renato, denunciou ao Ministério Público e à Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania integrantes da cúpula da Polícia Civil de São Paulo, onde trabalha desde 2001, por prevaricação, abuso de autoridade e discriminação. Ela afirma ser vítima de discriminação da própria polícia.

Renata entrou na polícia em 2001 e está afastada do cargo de investigadora em Campinas (SP) desde agosto de 2004 - quase um ano depois de começar a se vestir como mulher e após diagnóstico psiquiátrico de transexualismo.

A assessoria da Secretaria da Segurança Pública informa que "a sexualidade do policial não foi o motivo da apuração e sim a falsa comunicação de crime. O próprio policial investigado pediu para incluir em seu processo informações sobre sua saúde sexual".

O afastamento de Renata, que continua recebendo seu salário de R$ 1,7 mil ao mês, ocorreu após ela responder a um processo administrativo por falsa comunicação de furto de carro, que tramita sob sigilo, informou o jornal Folha de S.Paulo. A polícia já pediu que ela seja demitida do cargo. Ela diz que foi "um mal entendido" envolvendo o ex-namorado dela.

No processo de Renata contra a polícia, ela diz que está sendo perseguida por integrantes da corporação. A Secretaria da Justiça abriu um processo para investigar o caso no mês passado, e o Ministério Público irá apurar a denúncia.





Fonte: Terra

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