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Internacional
Terça - 04 de Abril de 2006 às 13:39

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O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo tribunal que está julgando Saddam no Iraque.

Ele e outros seis acusados vão responder ao processo relativo a uma campanha contra os curdos batizada de Anfal, que incluiu o ataque na cidade curda de Halabja.

Grupos de defesa de direitos humanos afirmam que no total 180 mil civis morreram na operação Anfal. Apenas em Halabja morreram mais de 5 mil pessoas, entre mulheres e crianças.

Saddam e mais sete acusados já estavam sendo julgados pela morte de 148 pessoas na cidade de Dujail, após uma tentativa de assassinato contra ele.

Vala comum

O porta-voz do tribunal iraquiano Raid Juhi afirmou que o ataque em Halabja seria julgado separadamente.

"Essas pessoas (vítimas de Anfal) foram sujeitas ao deslocamento forçado e à prisão ilegal de milhares de civis", disse.

"Elas foram colocadas em diferentes centros de detenção. As vilas foram destruídas e queimadas. Casas, templos e prédios civis foram demolidos sem razão alguma ou necessidade militar."

A decisão do tribunal ocorre após uma investigação que envolveu a consulta a milhares de documentos, entrevistas de testemunhas e descoberta de valas comuns.

Ainda não há informações se o julgamento referente ao massacre de Halabja ocorrerá em paralelo ao de Dujail.

O primo de Saddam Hussein, Ali Hassan al-Majid, conhecido como "Ali Químico", também será julgado pela sua participação na operação de Halabja.

Outros que sentarão no banco dos réus são o ex-ministro da Defesa Sultan Hashim Ahmed e os funcionários de alto escalão Baathists Saber Abdul Aziz, Hussein Rashid al-Tikriti, Taher Muhammad al-Ani e Farhan al-Jibouri.





Fonte: BBC Brasil

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