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Internacional
Terça - 04 de Abril de 2006 às 11:04

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O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU pediu hoje a Israel que mantenha abertos os dois principais cruzamentos fronteiriços que dão acesso ao território palestino de Gaza e que são fundamentais para o transporte da ajuda humanitária.

Para que a agência possa cumprir sua missão de alimentar os grupos mais vulneráveis de Gaza - cerca de 162 mil pessoas, 12% da população -, se deve permitir o trânsito regular tanto pelo cruzamento de Karni como pelo de Kerem Shalom, explicou o porta-voz do PMA em Genebra, Simon Pluess.

A passagem de Karni se manteve fechada praticamente a metade do tempo desde o início do ano, o que tornou mais difícil para o PMA cobrir as necessidades alimentares da população de Gaza.

Desde 1º de janeiro, a passagem de Karni esteve fechada durante 40 dias, em comparação com os 63 dias entre 2003 e 2005.

O cruzamento de Karni é fundamental para a operação humanitária do PMA em Gaza, já que a outra opção, a passagem de Kerem Shalom, não possui uma infra-estrutura suficiente para permitir o trânsito de grandes cargas, explicou o porta-voz.

Por causa destes problemas, um recente envio do Egito, com farinha de trigo, arroz e açúcar, transportado em 300 caminhões, saturou a capacidade de Kerem Shalom.

O porta-voz explicou que essa situação impedirá a agência humanitária da ONU de "realizar suas operações (por essa passagem) nas próximas duas ou três semanas".

Após ressaltar que o nível de reservas de alimentos em Gaza "continua sendo muito baixo", Pluess assinalou que 50 contêineres de trigo moído chegaram ao porto israelense de Ashdod e podem começar a atravessar o cruzamento de Karni nos próximos dias.

"Esperamos que possamos entrar com 10 contêineres por dia", afirmou Pluess, embora acredite que "isto não resolverá de maneira imediata a carência de alimentos em Gaza".

Atualmente, para alimentar a população de Gaza (cerca de 1,4 milhões de habitantes) são necessárias duas mil toneladas de alimentos por mês, segundo dados do PMA.

As passagens fronteiriças se tornaram muito importantes para o organismo humanitário no último mês, já que até fevereiro o PMA comprava suas provisões de farinha de trigo em Gaza, mas os moinhos que o abasteciam ficaram sem reservas.

Com isso, o PMA teve que começar a comprar este produto em outros países da região e transportá-lo até Gaza, explicou Pluess.





Fonte: EFE

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