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Justiça faz audiência com quadrilha
A Justiça realizou ontem à tarde a audiência única dos 12 envolvidos no assalto na modalidade “novo cangaço”, em Comodoro (cidade a 700 quilômetros a noroeste de Cuiabá), que foram interrogados na 15ª Vara Especializada Contra o Crime Organizado da Comarca de Cuiabá. Entre os 12, há duas advogadas que estão em liberdade. A audiência exigiu do sistema prisional um forte esquema de segurança, uma vez que a maior parte dos presos são considerados de alta periculosidade.
Além das advogadas, foram presos Basinaldo Moura de Jesus, Rayflan Douglas de Oliveira Markoski, além dos irmãos Antonio Nilson Ribeiro da Silva e Raimundo Nonato Ribeiro da Silva, que já estavam na Penitenciária Central do Estado. Na sequencia, outros cinco foram presos pelo Gaeco.
O assalto ocorreu em outubro do ano passado quando o bando aterrorizou moradores da cidade após assaltar duas agências bancárias e fazer clientes e funcionários como escudos humanos. Com isso conseguiram fugir, mas foram presos posteriormente. A prisão das advogadas foi decretada em fevereiro deste ano.
No assalto, os ladrões roubaram malotes da agência e cerca de um mês depois, os chefes do esquema morreram em confronto com policiais militares. Os ladrões conseguiram roubar cerca de R$ 1,5 milhão em dinheiro.
Segundo a Polícia, os 12 envolvidos participaram de forma direta ou indireta, com apoio logístico fornecendo armas, hospedagem e outros itens que contribuíram para a ação criminosa.
A operação de buscas à quadrilha que atuou em Comodoro durou 37 dias. Após este período, os últimos seis integrantes da quadrilha foram presos.
A operação foi resultado do serviço de Inteligência dos orgãos da Segurança Pública, com apoio investigativo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE).
A desarticulação desta quadrilha marcou o início de um período de tranqüilidade em Mato Grosso no que diz respeito a assaltos na modalidade novo cangaço. Houve registros de assalto em outra modalidade, na qual a família de algum funcionário da agência é feita refém até que o dinheiro seja retirado da agência.
Investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Divisão Anti-Sequestro, da Polícia Civil, identificaram a atuação de quatro quadrilhas de roubo a banco, em Mato Grosso, e todas foram desarticuladas. Três delas tiveram os integrantes mortos durante confronto com a polícia, no período de refúgio na mata, e uma foi presa.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
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