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Irã testa novos mísseis em plena crise nuclear
O Irã anunciou nesta segunda-feira ter testado com sucesso novos mísseis e pediu ao ocidente para não "brincar com fogo", em plena crise sobre o programa nuclear iraniano.
Após ter evocado nesses últimos dias o teste de novos tipos de mísseis durante manobras militares no Golfo, Teerã anunciou ter testado um torpedo "capaz de destruir qualquer aparelho na superfície ou debaixo d'água, a qualquer profundidade".
"Trata-se da mais perigosa arma naval", declarou a televisão de estado. "Esse torpedo representa uma séria ameaça para os navios de guerra. Ele pode atingir submarinos a qualquer profundidade e parti-los ao meio", afirmou Mohammad Ebrahim Dehghani, porta-voz das manobras.
Segundo ele esse torpedo "foi desenvolvido" pelo exército ideológico do regime islâmico, os Guardiães da Revolução, e "já está na fase da produção em massa".
As manobras militares empreendidas sexta-feira nas águas de Golfo acontecem num momento em que aumentam as pressões ocidentais sobre o controvertido programa nuclear iraniano.
Em 29 de março, o Conselho de Segurança da ONU deu 30 dias ao Irã para que suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio, em uma declaração aprovada após três semanas de negociações. A República Islâmica avisou desde já que não atenderá o ultimato.
Reiterando a posição iraniana, o presidente ultraconservador Mahmud Ahmadinejad afirmou nesta segunda-feira que "a nação e o governo iranianos estão determinados a defender seus direitos à tecnologia nuclear", segundo a agência Irna.
A secretária de Estado americana Condoleezza Rice declarou na véspera que seu país seguia privilegiando a diplomacia para chegar a um acordo com Teerã, mas advertiu que os Estados Unidos "não descartam nenhuma opção" para resolver o problema.
Ostentando seu poderio militar, o Irã anunciou ter testado domingo um "míssil submarino muito rápido, de uma velocidade de 100 metros por segundo, capaz de escapar dos radares e sonares inimigos", segundo as palavras do almirante Ali Fadavi, chefe adjunto do corpo de elite dos Guardiães da Revolução.
Dois dias antes, ele havia dito ter testado com sucesso um míssil terra-terra, não detectável pelos radares e capaz de atingir vários alvos simultaneamente.
O Irã já possui mísseis Shahab-3, que têm um alcance de pelo menos 2.000 km e podem atingir o território de Israel e as bases americanas no Oriente Médio.
Cerca de 17.000 homens estão participando das manobras batizadas "Grande Profeta", em referência a Maomé. Os dirigentes iranianos destacaram que essas manobras já estavam previstas há muito tempo.
"Depois de várias semanas de guerra psicológica (relacionada ao nuclear), eles (os ocidentais) esperavam que nós voltássemos atrás e renunciássemos ao nosso direito. Não apenas não o fizemos como também mostramos nossas capacidades", vangloriou-se Mohammad Hejazi, comandante das forças do bassij (milícia islâmica) subordinadas aos Guardiães da Revolução.
"Os inimigos têm de saber que se cometerem atos hostis, o preço a pagar será muito elevado. Eles não devem brincar com o fogo", advertiu o general Hejazi, em alusão a um eventual ataque militar contra o Irã.
"A segurança no Golfo pérsico e no mar de Omã é do interesse de todos, inclusive do Irã, pois da mesma forma que o abastecimento do mundo em energia depende do Golfo Pérsico, nossos interesses econômicos dependem dele também", disse Hejazi.
O almirante Dehghani também advertiu "os inimigos" contra qualquer ataque contra o Irã. "Uma das mensagens das manobras é que os inimigos devem estar cientes de que se eles praticarem a mínima agressão contra o Irã no Golfo Pérsico, responderemos com determinação utilizando nossas forças no mar, em nossas ilhas e desde o continente", ameaçou.
Após ter evocado nesses últimos dias o teste de novos tipos de mísseis durante manobras militares no Golfo, Teerã anunciou ter testado um torpedo "capaz de destruir qualquer aparelho na superfície ou debaixo d'água, a qualquer profundidade".
"Trata-se da mais perigosa arma naval", declarou a televisão de estado. "Esse torpedo representa uma séria ameaça para os navios de guerra. Ele pode atingir submarinos a qualquer profundidade e parti-los ao meio", afirmou Mohammad Ebrahim Dehghani, porta-voz das manobras.
Segundo ele esse torpedo "foi desenvolvido" pelo exército ideológico do regime islâmico, os Guardiães da Revolução, e "já está na fase da produção em massa".
As manobras militares empreendidas sexta-feira nas águas de Golfo acontecem num momento em que aumentam as pressões ocidentais sobre o controvertido programa nuclear iraniano.
Em 29 de março, o Conselho de Segurança da ONU deu 30 dias ao Irã para que suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio, em uma declaração aprovada após três semanas de negociações. A República Islâmica avisou desde já que não atenderá o ultimato.
Reiterando a posição iraniana, o presidente ultraconservador Mahmud Ahmadinejad afirmou nesta segunda-feira que "a nação e o governo iranianos estão determinados a defender seus direitos à tecnologia nuclear", segundo a agência Irna.
A secretária de Estado americana Condoleezza Rice declarou na véspera que seu país seguia privilegiando a diplomacia para chegar a um acordo com Teerã, mas advertiu que os Estados Unidos "não descartam nenhuma opção" para resolver o problema.
Ostentando seu poderio militar, o Irã anunciou ter testado domingo um "míssil submarino muito rápido, de uma velocidade de 100 metros por segundo, capaz de escapar dos radares e sonares inimigos", segundo as palavras do almirante Ali Fadavi, chefe adjunto do corpo de elite dos Guardiães da Revolução.
Dois dias antes, ele havia dito ter testado com sucesso um míssil terra-terra, não detectável pelos radares e capaz de atingir vários alvos simultaneamente.
O Irã já possui mísseis Shahab-3, que têm um alcance de pelo menos 2.000 km e podem atingir o território de Israel e as bases americanas no Oriente Médio.
Cerca de 17.000 homens estão participando das manobras batizadas "Grande Profeta", em referência a Maomé. Os dirigentes iranianos destacaram que essas manobras já estavam previstas há muito tempo.
"Depois de várias semanas de guerra psicológica (relacionada ao nuclear), eles (os ocidentais) esperavam que nós voltássemos atrás e renunciássemos ao nosso direito. Não apenas não o fizemos como também mostramos nossas capacidades", vangloriou-se Mohammad Hejazi, comandante das forças do bassij (milícia islâmica) subordinadas aos Guardiães da Revolução.
"Os inimigos têm de saber que se cometerem atos hostis, o preço a pagar será muito elevado. Eles não devem brincar com o fogo", advertiu o general Hejazi, em alusão a um eventual ataque militar contra o Irã.
"A segurança no Golfo pérsico e no mar de Omã é do interesse de todos, inclusive do Irã, pois da mesma forma que o abastecimento do mundo em energia depende do Golfo Pérsico, nossos interesses econômicos dependem dele também", disse Hejazi.
O almirante Dehghani também advertiu "os inimigos" contra qualquer ataque contra o Irã. "Uma das mensagens das manobras é que os inimigos devem estar cientes de que se eles praticarem a mínima agressão contra o Irã no Golfo Pérsico, responderemos com determinação utilizando nossas forças no mar, em nossas ilhas e desde o continente", ameaçou.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/308302/visualizar/
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