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Cidades/Geral
Segunda - 03 de Abril de 2006 às 09:32

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Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, alguns guardadores de veículos dizem ter a consciência que a atividade que realizam não pode ser imposta a ninguém. Pelo menos é o que demonstra o ‘flanelinha’ Paulo Henrique Duarte, de 34 anos, que guarda carros estacionados na Praça Alencastro, no centro de Cuiabá, há cinco anos.

“Eu espero que a pessoa me doe a quantia que ela quiser. Se me der alguma coisa, está bom. Se não me der, também está legal, porque a rua é pública e ninguém tem obrigação de dar nada. No caso de carros que as pessoas não permitem que eu olho, aí é que tenho que olhar mais, porque se acontecer qualquer coisa com ele, vão achar que fui eu”, comenta.

Duarte diz que já fez boas amizades enquanto guardador de carro, que algumas pessoas o pagam até por mês. “Tem muito funcionário da prefeitura que ajuda por mês, deixa a chave para eu manobrar o carro. Tem gente até que aprendeu a manobrar e estacionar comigo e é grato por isso”, conta.

A lucratividade do ‘flanelinha’ chega a ser de aproximadamente R$ 40,00 por dia, dinheiro aplicado nas despesas da casa, segundo Duarte, que é pai de duas crianças e as sustentas com o que ganha nas ruas.

“A polícia não importuna, acho que já me conhece e sabe que faço um bom trabalho. Não tenho essa prática de riscar carros, não acho isso certo, mas tem muitos outros guardadores que fazem isso mesmo. Sei que a pessoa não tem obrigação de dar dinheiro para gente”, diz o guardador, mostrando-se interessado em fazer parte do projeto Faixa Verde que será implementado pela prefeitura.

Ele acrescento que quer participar do projeto, argumentando que quando o serviço estiver implantado – nos moldes do que ocorreu na administração passada, vai ter salário fixo.





Fonte: Diário de Cuiabá

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