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“Flanelinha” manda e desmanda nas ruas
Motoristas que precisam estacionar seus veículos em ruas de grande movimentação de Cuiabá têm se tornado reféns de loteamentos imaginários criados pela figura dos guardadores de carros, também conhecidos como ‘flanelinhas’. Pelo menos é a constatação de quem percorre as ruas da capital conversando com motoristas que param nas vias públicas.
Em determinados locais, a apropriação dos espaços para o estacionamento junto às calçadas se dá tal forma que os guardadores de veículos chegam a estabelecer valores para que qualquer cidadão ocupe a vaga, ignorando o fato de que se trata de um espaço de uso público.
Na rua Voluntários da Pátria, no quarteirão entre as ruas Barão de Melgaço e Comandante Costa, no centro de Cuiabá, por exemplo, a experiência de motoristas que conseguem estacionar nas vagas existentes junto às calçadas pode ser frustrante ao acharem que poderão pagar o valor que quiserem pela gentileza do ‘flanelinha’ ao olhar os carros. Nesse ponto específico, o guardador de veículos anota a placa de cada um dos veículos e cobra pelo serviço prestado.
“Ele me cobrou dois reais. Vim pronto para lhe entregar apenas um e ele não aceitou, disse que o estacionamento aqui é dois”, revela o empresário Fernando Vaz, que mora no município de Ribeirão Preto, em São Paulo e está de passagem por Cuiabá.
“Em todo lugar é assim, isso não é ‘privilégio’ de Cuiabá. Trata-se de mais um imposto ilegítimo que a gente paga pela má distribuição de renda que existe no país. Em Ribeirão Preto, se você não dá o dinheiro, eles arranham seu carro e você acaba ficando refém desta situação. Todo mundo se sente acuado com isso e tenho certeza que ninguém dá dinheiro porque quer”.
Pessoas que trabalham no centro da cidade e precisam diariamente estacionar junto às calçadas sofrem até ameaças por parte de alguns ‘flanelinhas’. “Uma vez, estava chegando e o cara veio me pedir um troco. Disse que não tinha naquela hora, mas que o salário da prefeitura sairia no outro dia. Ele me disse o seguinte: ‘nada como um dia após o outro’. Na hora, não me deixei intimidar, mas quando voltei, o carro estava todo arranhado. De outra vez, parei na rua Pedro Celestino. Cheguei muito cedo, antes deles. Quando estava saindo, o cara deu um pulo em cima do capô do meu carro, para me cobrar. Por isso, sempre que tenho dou um trocado para evitar essas coisas”, relata uma funcionária pública que preferiu não revelar o nome.
A atuação dos ‘flanelinhas’ não se restringe apenas ao centro de Cuiabá. Em avenidas de grande movimentação, como a do CPA, o número de guardadores de carro ‘responsáveis’ por vagas também é muito grande. Em determinados locais, numa extensão de menos de 200 metros, é possível observar cinco guardadores disputando espaço, muitas vezes diante até de policiais militares que fazem a guarda do local.
“Acho que os cidadãos já pagam os impostos e não devem ser obrigados a dar dinheiro a eles. Mas, por uma questão de segurança, se vierem até mim, eu acabo dando. Sou coagido a dar, porque senão eles estragam o carro”, opina o pastor Elieser Rocha, que costuma parar o carro nas vagas dispostas na avenida do CPA.
Em determinado ponto da avenida, logo após o viaduto, os comerciantes da área estão se mobilizando pela tentativa de retirar os guardadores de veículos dali, em virtude do desconforto que causam aos clientes. “Isso aí é uma vergonha para a cidade. Eles abordam as pessoas um de cada lado, as vezes com atitudes agressivas. O dinheiro que eles ganham vai tudo em droga. As mulheres têm medo e acabam recuando. À noite, elas não param aqui de jeito nenhum e estamos perdendo movimento. Inclusive, já houve uma reunião com os demais comerciantes da área para irmos até a polícia pedir providências”, reclama o proprietário de uma banca de jornal, Deolino Belato, também conhecido como Gringo.
Em determinados locais, a apropriação dos espaços para o estacionamento junto às calçadas se dá tal forma que os guardadores de veículos chegam a estabelecer valores para que qualquer cidadão ocupe a vaga, ignorando o fato de que se trata de um espaço de uso público.
Na rua Voluntários da Pátria, no quarteirão entre as ruas Barão de Melgaço e Comandante Costa, no centro de Cuiabá, por exemplo, a experiência de motoristas que conseguem estacionar nas vagas existentes junto às calçadas pode ser frustrante ao acharem que poderão pagar o valor que quiserem pela gentileza do ‘flanelinha’ ao olhar os carros. Nesse ponto específico, o guardador de veículos anota a placa de cada um dos veículos e cobra pelo serviço prestado.
“Ele me cobrou dois reais. Vim pronto para lhe entregar apenas um e ele não aceitou, disse que o estacionamento aqui é dois”, revela o empresário Fernando Vaz, que mora no município de Ribeirão Preto, em São Paulo e está de passagem por Cuiabá.
“Em todo lugar é assim, isso não é ‘privilégio’ de Cuiabá. Trata-se de mais um imposto ilegítimo que a gente paga pela má distribuição de renda que existe no país. Em Ribeirão Preto, se você não dá o dinheiro, eles arranham seu carro e você acaba ficando refém desta situação. Todo mundo se sente acuado com isso e tenho certeza que ninguém dá dinheiro porque quer”.
Pessoas que trabalham no centro da cidade e precisam diariamente estacionar junto às calçadas sofrem até ameaças por parte de alguns ‘flanelinhas’. “Uma vez, estava chegando e o cara veio me pedir um troco. Disse que não tinha naquela hora, mas que o salário da prefeitura sairia no outro dia. Ele me disse o seguinte: ‘nada como um dia após o outro’. Na hora, não me deixei intimidar, mas quando voltei, o carro estava todo arranhado. De outra vez, parei na rua Pedro Celestino. Cheguei muito cedo, antes deles. Quando estava saindo, o cara deu um pulo em cima do capô do meu carro, para me cobrar. Por isso, sempre que tenho dou um trocado para evitar essas coisas”, relata uma funcionária pública que preferiu não revelar o nome.
A atuação dos ‘flanelinhas’ não se restringe apenas ao centro de Cuiabá. Em avenidas de grande movimentação, como a do CPA, o número de guardadores de carro ‘responsáveis’ por vagas também é muito grande. Em determinados locais, numa extensão de menos de 200 metros, é possível observar cinco guardadores disputando espaço, muitas vezes diante até de policiais militares que fazem a guarda do local.
“Acho que os cidadãos já pagam os impostos e não devem ser obrigados a dar dinheiro a eles. Mas, por uma questão de segurança, se vierem até mim, eu acabo dando. Sou coagido a dar, porque senão eles estragam o carro”, opina o pastor Elieser Rocha, que costuma parar o carro nas vagas dispostas na avenida do CPA.
Em determinado ponto da avenida, logo após o viaduto, os comerciantes da área estão se mobilizando pela tentativa de retirar os guardadores de veículos dali, em virtude do desconforto que causam aos clientes. “Isso aí é uma vergonha para a cidade. Eles abordam as pessoas um de cada lado, as vezes com atitudes agressivas. O dinheiro que eles ganham vai tudo em droga. As mulheres têm medo e acabam recuando. À noite, elas não param aqui de jeito nenhum e estamos perdendo movimento. Inclusive, já houve uma reunião com os demais comerciantes da área para irmos até a polícia pedir providências”, reclama o proprietário de uma banca de jornal, Deolino Belato, também conhecido como Gringo.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/308509/visualizar/
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