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Parques transnacionais criam paraísos da biodiversidade
Imensas reservas naturais, que se espalham além de fronteiras nacionais, estão sendo formadas na Ásia, na América do Sul e em outros lugares, num sinal de que a biodiversidade se tornou um assunto tão importante quanto a imigração e a segurança internacional.
Mais de dez países que participam da Oitava Convenção da ONU sobre Biodiversidade, nesta semana em Curitiba, decidiram criar parques transnacionais ou parques nacionais contíguos nas florestas de Bornéu, nas estepes da Ásia Central e nas ilhas da Micronésia, no Pacífico.
Na Amazônia, seis governos estão trabalhando juntos na criação de quatro reservas naturais.
"Esta é uma das coisas mais excitantes que estamos vendo — iniciativas de enorme escala para que os países criem redes de áreas protegidas", disse James Leape, diretor-geral da entidade ambientalista WWF, à Reuters.
Dezenas de países aceitaram o desafio da ONU de reduzir o ritmo da perda de biodiversidade até 2010. As extinções de espécies são mais numerosas hoje em dia do que em qualquer momento desde a época em que havia dinossauros na Terra.
Mas muitos países ricos em biodiversidades são pobres em dinheiro. Autoridades presentes à conferência pressionam ONGs, empresas e a ONU a ajudarem a conservar os parques e manter caçadores afastados.
Parques fronteiriços existem há anos na divisa entre EUA e Canadá, mas eles não são tão grandes quanto as reservas agora sendo criadas.
Em Bornéo, ilha que reúne 6 por cento das espécies de plantas e animais do planeta e onde 361 novas espécies foram descobertas só na última década, os governos de Brunei, Indonésia e Malásia esperam conter o desmatamento ao dobrar a área protegida para 220 mil quilômetros quadrados, quase o tamanho da Grã-Bretanha.
"Isso representa um marco muito significativo para a cooperação transfronteiriça", disse Dato Suboh, secretário-geral do Ministério do Meio Ambiente malaio.
No Cáucaso, cordilheira da Ásia Central perto da antiga Rota da Seda, cinco países com histórico de instabilidade política e conflitos étnicos (Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Uzbequistão e Turcomenistão) decidiram reservar 44 por cento do seu território conjunto — 1,8 milhão de quilômetros quadrados, quase a área do México, mas escassamente habitada — para unir parques nacionais e criar corredores naturais para protegerem seus desertos, montanhas e tundras.
Também na Amazônia há esforços para ligar parques nacionais e estaduais e reservas indígenas de vários países. Devido às várias eleições presidenciais deste ano na região, porém, a iniciativa pode sofrer atrasos.
Biólogos querem criar quatro reservas, todas elas envolvendo o território brasileiro. Os demais países envolvidos seriam Peru, Bolívia, Suriname, Guiana Francesa, Venezuela e Colômbia.
No Pacífico, a República de Palau, os Estados Federados da Micronésia, a República das Ilhas Marshall, a Comunidade das Ilhas Mariana do Norte e o território norte-americano de Guam estão arrecadando verbas para colocar 30 por cento do seu território marinho e 20 por cento das suas terras sob proteção.
Os países insulares tentam urgentemente proteger a biodiversidade, porque eles podem ser os mais atingidos pelo aquecimento global, que prejudica o crescimento de corais (que funcionam como viveiros de peixes) e provoca a elevação do nível dos mares.
"Fomos desafiados pelo aquecimento global, com a subida da água do mar para as nossas terras agrícolas", disse Tommy Remengesau, presidente de Palau, que tem 20 mil habitantes.
Mais de dez países que participam da Oitava Convenção da ONU sobre Biodiversidade, nesta semana em Curitiba, decidiram criar parques transnacionais ou parques nacionais contíguos nas florestas de Bornéu, nas estepes da Ásia Central e nas ilhas da Micronésia, no Pacífico.
Na Amazônia, seis governos estão trabalhando juntos na criação de quatro reservas naturais.
"Esta é uma das coisas mais excitantes que estamos vendo — iniciativas de enorme escala para que os países criem redes de áreas protegidas", disse James Leape, diretor-geral da entidade ambientalista WWF, à Reuters.
Dezenas de países aceitaram o desafio da ONU de reduzir o ritmo da perda de biodiversidade até 2010. As extinções de espécies são mais numerosas hoje em dia do que em qualquer momento desde a época em que havia dinossauros na Terra.
Mas muitos países ricos em biodiversidades são pobres em dinheiro. Autoridades presentes à conferência pressionam ONGs, empresas e a ONU a ajudarem a conservar os parques e manter caçadores afastados.
Parques fronteiriços existem há anos na divisa entre EUA e Canadá, mas eles não são tão grandes quanto as reservas agora sendo criadas.
Em Bornéo, ilha que reúne 6 por cento das espécies de plantas e animais do planeta e onde 361 novas espécies foram descobertas só na última década, os governos de Brunei, Indonésia e Malásia esperam conter o desmatamento ao dobrar a área protegida para 220 mil quilômetros quadrados, quase o tamanho da Grã-Bretanha.
"Isso representa um marco muito significativo para a cooperação transfronteiriça", disse Dato Suboh, secretário-geral do Ministério do Meio Ambiente malaio.
No Cáucaso, cordilheira da Ásia Central perto da antiga Rota da Seda, cinco países com histórico de instabilidade política e conflitos étnicos (Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Uzbequistão e Turcomenistão) decidiram reservar 44 por cento do seu território conjunto — 1,8 milhão de quilômetros quadrados, quase a área do México, mas escassamente habitada — para unir parques nacionais e criar corredores naturais para protegerem seus desertos, montanhas e tundras.
Também na Amazônia há esforços para ligar parques nacionais e estaduais e reservas indígenas de vários países. Devido às várias eleições presidenciais deste ano na região, porém, a iniciativa pode sofrer atrasos.
Biólogos querem criar quatro reservas, todas elas envolvendo o território brasileiro. Os demais países envolvidos seriam Peru, Bolívia, Suriname, Guiana Francesa, Venezuela e Colômbia.
No Pacífico, a República de Palau, os Estados Federados da Micronésia, a República das Ilhas Marshall, a Comunidade das Ilhas Mariana do Norte e o território norte-americano de Guam estão arrecadando verbas para colocar 30 por cento do seu território marinho e 20 por cento das suas terras sob proteção.
Os países insulares tentam urgentemente proteger a biodiversidade, porque eles podem ser os mais atingidos pelo aquecimento global, que prejudica o crescimento de corais (que funcionam como viveiros de peixes) e provoca a elevação do nível dos mares.
"Fomos desafiados pelo aquecimento global, com a subida da água do mar para as nossas terras agrícolas", disse Tommy Remengesau, presidente de Palau, que tem 20 mil habitantes.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/308702/visualizar/
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