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Dólar opera em baixa com menor estresse do mercado
O dólar inicia as operações em baixa nesta quinta-feira. A divisa norte americana registra desvalorização de 0,90%, cotada a R$ 2,195.
Ontem, a moeda norte-americana fechou em leve alta de 0,22%, cotada a R$ 2,214, depois de registrar elevação de 1,75% na terça-feira.
"O mercado de câmbio passa por um processo de correção do movimento de estresse dos últimos dias", diz Caio Megale, sócio da Mauá Investimentos.
Conforme os investidores percebem que o novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, não mudará a política econômica da gestão de Antonio Palocci e que o Banco Central tem sua autonomia garantia, o mercado vai se ajustando, diz Megale.
O desempenho das contas externas brasileiras e o relatório de inflação do Banco Central indicando espaço para taxa de juros menores também contribuem para um cenário menos estressado do que nos últimos dias.
"A análise do Banco Central em relação às contas externas diz que é possível trabalhar com câmbio mais apreciado do que está e o caminho deve ser de ajuste", diz Megale.
O noticiário econômico internacional também vai ter sua contribuição na volatilidade do mercado. Embora a revisão do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, divulgada agora há pouco, tenha seguido as expectativas do mercado, o índice de preços ficou um pouco acima do esperado.
"O título do Tesouro norte-americano de 10 anos já foi pressionado e está a 4,85%. O índice PCE Deflator, que mostra a variação de consumo das famílias norte-americanas, descontada a inflação, passou de 2,7% para 2,9%. Esses dados reforçam a perspectiva de manutenção do aperto monetário dos Estados Unidos", explica Megale.
A elevação dos treasuries, que ontem fechou a 4,80%, torna as economias emergentes menos atraentes para os investidores.
"A recuperação do último trimestre é que teria ajudado a empurrar o crescimento do primeiro trimestre de 2006 para cima, liderado pelo salto nos gastos com consumo e bens de capital. E, dependendo da robustez desse crescimento é que o Fed deverá ser mais ou menos austero na calibragem do ciclo de aperto monetário do país", explica Miriam Tavares, diretora da corretora AGK.
No cenário econômico nacional, a disputa para a formação da Ptax (taxa média do câmbio), usada para as rolagens e liqüidações dos contratos em dólar com vencimento em 3 de abril na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), também deve provocar volatilidade no câmbio, segundo analistas.
Prevista inicialmente para hoje, a divulgação da TJLP --taxa de juros de longo prazo-- ficou para amanhã. A reunião será o primeiro teste sobre a postura de Mantega à frente do Banco Central. O ministro já defendeu a TJLP a 7%, mas os analistas não acreditam em corte abruptos aos 9% em vigor.
Para a corretora AGK, o dólar deve manter oscilação acentuada e sem espaço para cair abaixo dos R$2,20, "pelo menos enquanto o preço do petróleo continuar pressionado e os juros dos treasuries apontando mais altas pela frente".
Ontem, a moeda norte-americana fechou em leve alta de 0,22%, cotada a R$ 2,214, depois de registrar elevação de 1,75% na terça-feira.
"O mercado de câmbio passa por um processo de correção do movimento de estresse dos últimos dias", diz Caio Megale, sócio da Mauá Investimentos.
Conforme os investidores percebem que o novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, não mudará a política econômica da gestão de Antonio Palocci e que o Banco Central tem sua autonomia garantia, o mercado vai se ajustando, diz Megale.
O desempenho das contas externas brasileiras e o relatório de inflação do Banco Central indicando espaço para taxa de juros menores também contribuem para um cenário menos estressado do que nos últimos dias.
"A análise do Banco Central em relação às contas externas diz que é possível trabalhar com câmbio mais apreciado do que está e o caminho deve ser de ajuste", diz Megale.
O noticiário econômico internacional também vai ter sua contribuição na volatilidade do mercado. Embora a revisão do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, divulgada agora há pouco, tenha seguido as expectativas do mercado, o índice de preços ficou um pouco acima do esperado.
"O título do Tesouro norte-americano de 10 anos já foi pressionado e está a 4,85%. O índice PCE Deflator, que mostra a variação de consumo das famílias norte-americanas, descontada a inflação, passou de 2,7% para 2,9%. Esses dados reforçam a perspectiva de manutenção do aperto monetário dos Estados Unidos", explica Megale.
A elevação dos treasuries, que ontem fechou a 4,80%, torna as economias emergentes menos atraentes para os investidores.
"A recuperação do último trimestre é que teria ajudado a empurrar o crescimento do primeiro trimestre de 2006 para cima, liderado pelo salto nos gastos com consumo e bens de capital. E, dependendo da robustez desse crescimento é que o Fed deverá ser mais ou menos austero na calibragem do ciclo de aperto monetário do país", explica Miriam Tavares, diretora da corretora AGK.
No cenário econômico nacional, a disputa para a formação da Ptax (taxa média do câmbio), usada para as rolagens e liqüidações dos contratos em dólar com vencimento em 3 de abril na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), também deve provocar volatilidade no câmbio, segundo analistas.
Prevista inicialmente para hoje, a divulgação da TJLP --taxa de juros de longo prazo-- ficou para amanhã. A reunião será o primeiro teste sobre a postura de Mantega à frente do Banco Central. O ministro já defendeu a TJLP a 7%, mas os analistas não acreditam em corte abruptos aos 9% em vigor.
Para a corretora AGK, o dólar deve manter oscilação acentuada e sem espaço para cair abaixo dos R$2,20, "pelo menos enquanto o preço do petróleo continuar pressionado e os juros dos treasuries apontando mais altas pela frente".
Fonte:
24HorasNews
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/308806/visualizar/
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