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Algodão: R$ 210 milhões ao setor
Há cerca de sessenta dias do início da colheita do algodão em Mato Grosso, prevista para meados de junho, os cotonicultores mato-grossenses vivem momentos de extrema insegurança com relação os preços do produto daqui para frente. Antes mesmo de se extrair as primeiras plumas da nova safra, eles já têm uma certeza: produziram a nova safra estadual com custo de R$ 41,30 por arroba e estão vendendo o produto por R$ 32,74, uma diferença de R$ 8,56/arroba por conta da valorização do real frente ao dólar.
A grande pergunta que os produtores se fazem no momento é como vender a produção nesta safra se os preços não cobrem os custos?
“Só há uma forma de compensarmos esta perda que o produtor certamente terá se uma medida urgente não for tomada: o governo Federal liberar R$ 210 milhões para sustentar a comercialização da safra, por meio do Programa de Escoamento do Produto (PEP)”, diz o diretor executivo da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Décio Tocantins.
Ele é mais contundente ao falar sobre o futuro da cotonicultura mato-grossense caso não haja uma intervenção: “seria um caos para o setor, pois poderá ocorrer a estagnação das indústrias, demissões em massa e a nossa balança comercial também poderá ser afetada. Não trabalhamos com esta possibilidade”.
Só na atual safra, segundo levantamento da Ampa, o setor algodoeiro demitiu 13 mil trabalhadores. “Entre empregos diretos e indiretos estimamos que pelo menos 40 mil pessoas tenham perdido uma vaga no mercado de trabalho como conseqüência do desaquecimento do setor”.
Tocantins informou que para esta safra a Associação prevê uma redução de 100 mil hectares (ha) plantados. “Na safra passada plantamos 450 mil/ha e, para a safra atual, que começa a ser colhida em junho, a nossa previsão é de que a área não tenha passado de 350 mil/ha”.
A redução desta safra deverá reduzir a produção de pluma de 630 mil toneladas (t), obtidos na safra passada, - segundo levantamento da entidade - para cerca de 500 mil/t.
“Os produtores de algodão estão no fundo do poço. Não vemos uma crise maior do que esta que estamos enfrentando agora e ninguém tem idéia do que irá acontecer com a cotonicultura mato-grossense nos próximos anos”. E continua: “Se aliarmos o problema do endividamento à falta de perspectiva de um melhor preço para o produtor em função da defasagem cambial, temos um quadro altamente desfavorável para o algodão, chegando a provocar total desestímulo nos produtores”.
Segundo Tocantins, a situação é crítica e muitos plantaram este ano para honrar contratos de exportação. Ele lembrou que da atual safra, pelo menos 250 mil/t de pluma - metade da produção estadual – estão contratadas com destino ao mercado externo ao preço de R$ 32,74/arroba. O restante da produção deverá atender ao mercado interno, “que não oferece liquidez para a cultura”.
A grande pergunta que os produtores se fazem no momento é como vender a produção nesta safra se os preços não cobrem os custos?
“Só há uma forma de compensarmos esta perda que o produtor certamente terá se uma medida urgente não for tomada: o governo Federal liberar R$ 210 milhões para sustentar a comercialização da safra, por meio do Programa de Escoamento do Produto (PEP)”, diz o diretor executivo da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Décio Tocantins.
Ele é mais contundente ao falar sobre o futuro da cotonicultura mato-grossense caso não haja uma intervenção: “seria um caos para o setor, pois poderá ocorrer a estagnação das indústrias, demissões em massa e a nossa balança comercial também poderá ser afetada. Não trabalhamos com esta possibilidade”.
Só na atual safra, segundo levantamento da Ampa, o setor algodoeiro demitiu 13 mil trabalhadores. “Entre empregos diretos e indiretos estimamos que pelo menos 40 mil pessoas tenham perdido uma vaga no mercado de trabalho como conseqüência do desaquecimento do setor”.
Tocantins informou que para esta safra a Associação prevê uma redução de 100 mil hectares (ha) plantados. “Na safra passada plantamos 450 mil/ha e, para a safra atual, que começa a ser colhida em junho, a nossa previsão é de que a área não tenha passado de 350 mil/ha”.
A redução desta safra deverá reduzir a produção de pluma de 630 mil toneladas (t), obtidos na safra passada, - segundo levantamento da entidade - para cerca de 500 mil/t.
“Os produtores de algodão estão no fundo do poço. Não vemos uma crise maior do que esta que estamos enfrentando agora e ninguém tem idéia do que irá acontecer com a cotonicultura mato-grossense nos próximos anos”. E continua: “Se aliarmos o problema do endividamento à falta de perspectiva de um melhor preço para o produtor em função da defasagem cambial, temos um quadro altamente desfavorável para o algodão, chegando a provocar total desestímulo nos produtores”.
Segundo Tocantins, a situação é crítica e muitos plantaram este ano para honrar contratos de exportação. Ele lembrou que da atual safra, pelo menos 250 mil/t de pluma - metade da produção estadual – estão contratadas com destino ao mercado externo ao preço de R$ 32,74/arroba. O restante da produção deverá atender ao mercado interno, “que não oferece liquidez para a cultura”.
Fonte:
diario de cuiaba
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/308887/visualizar/
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