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Quinta - 30 de Março de 2006 às 07:03
Por: Silvana Ribas

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Os 6,8 mil moradores de Barão de Melgaço (128 km de Cuiabá) - uma das portas de entrada ao turismo internacional do pantanal mato-grossense - estão sem água potável há 2 meses em decorrência de infiltração de esgoto na estação de tratamento. Com a enchente a situação se agravou, provocando aumento dos casos de vômitos, diarréias e verminoses. Um terço dos 20 bombeiros que estão atuando no apoio às famílias flageladas na cidade também foram afetados pela contaminação da água que está amarela. O secretário municipal de administração, Ênio Arruda, admite a contaminação. Ele diz que, apesar das investigações, a prefeitura não consegue descobrir a origem do problema. A equipe da Defesa Civil do Estado, que já está há 10 dias no município, ainda não conseguiu localizar o prefeito, Ibson da Silva Leite (PFL).

Técnicos da Vigilância Sanitária Estadual chegam hoje em Barão para coletar amostras da água para análise, informou o major BM João Rainho Júnior, coordenador de Resposta à Desastres da Defesa Civil do Estado. Ele diz que 80% dos 302 atendimentos médicos na cidade estão relacionados a problemas com a contaminação da água. Tanto que a Defesa Civil já notificou a prefeitura a prestar informações sobre a aplicação dos produtos químicos no tratamento da água. A população informou à Defesa Civil que em janeiro a situação ficou tão crítica que a água cheirava fezes.

O secretário de administração garante que a aplicação dos produtos químicos vem sendo feita normalmente. "Sabemos que tem esgoto na água. Mas não conseguimos descobrir de onde vem. A prefeitura precisa de ajuda", diz Arruda, que espera apoio do governo estadual para resolver o problema. Garante que o município não pode solucioná-lo. Em relação ao paradeiro do prefeito, Arruda diz que hoje estará na cidade, acompanhando uma equipe do Tribunal de Justiça, que in loco fará atendimentos. Ontem estaria em Conchas, localidade que fica a 20 km da sede do município.

Ontem o rio Cuiabá superou a cota de alerta de 6,80m, alcançando às 17 horas 6,82m. Mesmo assim a coordenação da Defesa Civil, com uma equipe de 40 pessoas, entre médicos, bombeiros e técnicos, não conseguiu falar com o prefeito. "Nem com ele, nem com a primeira-dama", lamenta Rainho.





Fonte: A Gazeta

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