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Nacional
Sábado - 19 de Janeiro de 2013 às 13:43
Por: JAMIL ANDERLINI

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Em 2012, a população chinesa de idade economicamente ativa encolheu pela primeira vez na história recente, assinalando o início de uma tendência que deve se acelerar nas próximas duas décadas, com implicações profundas para a segunda maior economia do mundo.
 
No final de dezembro, havia 937,3 milhões de cidadãos chineses na faixa dos 15 aos 59 anos, 3,45 milhões menos que em dezembro de 2011.
 
Ma Jiantang, chefe do Birô Nacional de Estatísticas, considerou "preocupante" a queda do ano passado e disse que é só o início de uma tendência de longo prazo na qual a população em idade economicamente ativa deve cair a cada ano até ao menos 2030.
 
A natalidade tende a diminuir naturalmente à medida que as sociedades enriquecem. Mas, na China, a tendência foi profundamente distorcida pela controversa política do filho único introduzida no final dos anos 1970.
 
"Segundo a maioria das projeções, o declínio da população em idade economicamente ativa começaria em meados desta década. Mas os números mostram que isso já aconteceu, o que sugere que o declínio nas próximas décadas será mais acelerado do que se previa", disse Frederic Neumann, co-diretor de economia asiática do HSBC.
 
"A era da mão de obra chinesa barata acabou, e produtos cuja produção envolve uso intensivo de mão de obra (têxteis, brinquedos) ficarão mais caros no mundo todo."
 
Grande número de pessoas na China ainda está deixando o campo em busca de trabalho nas cidades; o birô informa que, no ano passado, a população urbana cresceu 21 milhões em relação ao ano anterior, chegando a 712 milhões de pessoas.
 
E, mesmo registrando o menor crescimento desde 1999, o país conseguiu gerar 2,84 milhões de novas vagas de trabalho em 2012.
 
Ma Jiantang sugeriu que o governo está satisfeito com o crescimento mais baixo, especialmente porque a queda não foi acompanhada por alto desemprego. "A economia chinesa não pode e, na realidade, não deveria continuar a crescer tão rapidamente."
 
Disse também que um crescimento anual de 7%-8% é apropriado e razoável para o estágio de desenvolvimento em que a China se encontra.
 
Não obstante o crescimento menor do país, falta mão de obra em muitos lugares. As empresas e as indústrias frequentemente se queixam da dificuldade para encontrar trabalhadores qualificados, especialmente no setor manufatureiro.






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