Jaciara sedia ‘Jornada da Pecuária’ nesta quinta-feira

O Município de Jaciara (144 km ao Sul de Cuiabá) sedia entre quinta-feira (30.03) e sábado (01.04) a “Jornada Técnica da Pecuária”, um programa do Governo do Estado que visa melhorar a qualidade e a produtividade do rebanho bovino, estimado em cerca de 27 milhões de cabeça. As palestras serão realizadas pelo médico veterinário Zeno Antônio Albert, a partir das 14 horas, na sede do Sindicato Rural Patronal.

Segundo Zeno, na programação voltada para pecuaristas e profissionais da cadeia produtiva consta práticas de campo e orientações de pecuária de corte tais como: comercialização, alimentação, manejo, melhoramento genético, sanidade e custos na pecuária. A jornada será realizada nos 60 Municípios que têm o maior rebanho. A meta é beneficiar 5 mil produtores até dezembro de 2006.

Atualmente, segundo o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Jaciara tem 227 mil cabeças de gado e 1.050 produtores. Durante os eventos, serão abordados temas como a situação atual da pecuária e perspectivas, panorama das exportações de carne bovina, perspectivas de aumento de consumo, fatores que influenciam no embargo das exportações, sanidade – qualidade da carne - bem estar animal e rastreabilidade.

Depois de Jangada, a jornada continua na região Sul passando por Juscimeira, Guiratinga, Itiquira, Poxoréu, Paranatinga e Rondonópolis. De acordo com a programação, dependendo da região, será dado enfoque à pecuária de corte ou integração lavourapecuária.

Em Jaciara e Juscimeira, por exemplo, o ciclo de palestra estará voltada para a pecuária de corte por prevalecer esta atividade nesses dois Municípios. “A pecuária de corte é uma atividade muito sólida com poucos riscos de insucesso, tendo poucas oscilações nos preços e com grande liquidez. Uma grande vantagem desta atividade é que o maior ‘capital imobilizado’ se encontra na forma de animais, que quando necessário por à venda, estando dentro do preço de mercado, a operação se realiza rapidamente”, explicou Zeno.

Segundo ele, com a crise que o setor enfrenta, há necessidade de utilizar todas as modernas tecnologias de produção com baixo custo, disponível no mercado e que a maioria dos pecuaristas não utilizam. “O bovino favorece o produtor por ser um animal extremamente sofisticado, que tem a capacidade de produzir um produto nobre, como a carne vermelha, a partir de uma matéria-prima muito barata, que é o capim, sendo que a alimentação representa somente 35% no custo final do animal, enquanto que na avicultura e na suinocultura o custo de alimentação fica em torno de 80%”, informou o médico veterinário.