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Economia
Quarta - 29 de Março de 2006 às 08:44
Por: Anelize Moreno

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Faturar de R$ 700 a R$ 800 por dia vendendo guloseimas. Esse é o resultado da criatividade e do trabalho do camelô David de Mendonça Portes, que visitou ontem os comerciantes do Shopping Popular e fez uma apresentação durante o lançamento da Cooperativa de Compras do Comércio Popular de Mato Grosso (Coocomp), em Cuiabá.

Conhecido pelas inovações promovidas em sua banca de doces (Banca do David), no Centro do Rio de Janeiro, hoje o comerciante é um dos mais requisitados palestrantes do país. Em média ele faz 15 apresentações por mês, o que rende cerca de R$ 100 mil. Ele já viajou a trabalho para Tóquio, no Japão, e participa de um evento no mês que vem no Chile.

Apesar do sucesso a banca que o tornou conhecido continua em atividade. Outros negócios foram agregados como um depósito de doces e uma empresa de marketing e produção de eventos, também no Rio de Janeiro. De desempregado David passou a comerciante e hoje é patrão de aproximadamente 15 funcionários, que trabalham nos 3 empreendimentos. A receita do sucesso chama-se criatividade. O camelô destaca que para conquistar os clientes é necessário ousar.

Entre as estratégias adotadas pela Banca do David está a realização de promoções, envolvendo os consumidores. Distribuição de rosas e bombons no Dia das Mulheres e o sorteio de viagens no dia dos namorados estão entre os apelos de consumo usado para atrair visitante e compradores. "São coisas simples mas que chamam a atenção". O diferencial oferecido pelo camelô virou história, contada no livro "Uma lição de vida e marketing", escrito por David e que já vendeu 25 mil cópias.

Ele lembra que tudo começou com R$ 12. Dinheiro emprestado de um conhecido, que seria usado para comprar remédio para a esposa de David, que estava doente. O camelô estava desempregado e sem lugar para morar. Sua residência era a calçada de uma rua do Rio de Janeiro, mesmo local onde ele montou a banca de doces. A caminho da farmácia, ele teve a idéia usar o dinheiro emprestado para comprar doces. Ao fim do dia, após vender as guloseimas ele contabilizou R$ 24 no bolso. Com o dinheiro comprou o medicamento para a mulher e iniciou o capital de giro. "No terceiro dia paguei os R$ 12 que havia pegado emprestado".





Fonte: A Gazeta

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