Repórter News - reporternews.com.br
Polícia Brasil
Quarta - 29 de Março de 2006 às 08:34

    Imprimir


O assaltante Reginaldo Lopes de Souza, de 18 anos, confessou ter atirado no cinegrafista da TV Centro América Francisco Antônio Bento de Santana, o “Chico Rap”, de 38 anos, morto no dia 9 de julho do ano passado, no bairro Porto. Em depoimento ao delegado Adalberto Antônio de Oliveira, Reginaldo relatou que havia tentado assaltar duas pessoas momentos antes do assassinato. Então partiu para cima do cinegrafista, que estava sentado perto dele.

“Cheguei perto e ele me disse que não tinha dinheiro. Nesse momento, ouvi um tiro, me assustei e atirei também. O disparo atingiu o rapaz (Francisco) e eu corri”, relatou Reginaldo, que está preso no Complexo do Pomeri.

Da praça do Porto, ele saiu correndo próximo às margens do rio Cuiabá e foi parar na Ponte Nova. Assim que o dia amanheceu, se deslocou de ônibus até o bairro São Mateus, em Várzea Grande, onde mora uma tia. No dia seguinte, assaltou uma farmácia naquela cidade e, com o dinheiro – R$ 87 –, comprou uma passagem para Jataí (GO), onde mora a avó.

Além do dinheiro, roubou uma bicicleta do entregador da farmácia. O veículo foi trocado por maconha na praça da República. A troca ocorreu durante a noite. Naquela madrugada, dois dias após o assassinato, acabou detido na Delegacia Metropolitana da Capital, inclusive com a arma usada no crime.

“Como ninguém sabia que eu tinha participado do crime, acabei liberado. Então, a partir daí, viajei para Goiás”, explicou Reginaldo, que na época tinha 17 anos. Em Jataí, trabalhou com servente de pedreiro. Avisou a família que tinha apenas cometido um assalto. “Não falei que era homicídio e sim assalto”, relatou.

Segundo o policial civil Wlaidimire Lima Barros, desde a fuga de Reginaldo, havia uma equipe empenhada em localizá-lo. Na quinta-feira, os investigadores receberam uma denúncia anônima de que o rapaz estava em Jataí. “Então pedimos ajuda para a polícia local, que o prendeu em casa. Ainda estava dormindo”, explicou.

Para o delegado, o que Reginaldo cometeu é um latrocínio (roubo seguido de morte) e não homicídio, mas como era adolescente na época, poderá ficar, no máximo, três anos cumprindo atividades sócio-educativas. Como estava com mandado de busca e apreensão (equivalente a prisão preventiva) foi encaminhado para o Pomeri. Reginaldo esteve preso por lá outra vezes. Havia saído em janeiro do ano passado, três meses antes de cometer o latrocínio. (AR)





Fonte: Diário de Cuiabá

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/309122/visualizar/