Laís Souza diz que vai arriscar menos

De volta ao Brasil com as duas medalhas de bronze que ganhou no fim de semana em Cottbus, na Alemanha, a ginasta Laís Souza avisou que, a partir de agora, só vai competir na Copa do Mundo com o regulamento debaixo do braço. E a começar pela próxima etapa, nos dias 13 e 14 de maio, em Ghent, na Bélgica. "Com o sistema de pontuação que passou a ser usado neste ano, o importante é o exercício sair bem feito. É melhor começar com uma nota de partida mais baixa, mas errar o mínimo possível na apresentação para não perder pontos", explicou.

Laís desembarcou na manhã desta terça em São Paulo na companhia dos colegas Diego Hypólito e Luiz Augusto dos Anjos. Diego regressou com três medalhas, mas disse que o principal saldo da viagem foi entender os atuais mecanismos de pontuação: "Deu para analisar as mudanças na prática e já saber como devemos nos adaptar ao novo código".

Na avaliação de Laís, que passou em branco em Lyon, a Copa do Mundo está mostrando que não vale a pena tentar um movimento com grau alto de dificuldade, mas executá-lo de forma limpa e cravada.

"Se eu escolher uma dupla pirueta no salto, ela tem de sair perfeita. Senão, é melhor fazer uma pirueta e meia. Foi o que aconteceu comigo. Achei que fui bem, mas os árbitros não julgaram assim", comentou.

A ginasta admitiu que nem pensou na dimensão do resultado obtido em Cottbus. O bronze na trave foi a primeira medalha brasileira nessa modalidade. "A ficha ainda não caiu", disse ela.

Laís admitiu que não esperava o bom resultado. "Sempre digo que tudo pode acontecer em uma competição. Optei por uma série mais fácil e me dei bem. A chinesa, que era uma das favoritas, fez uma mais difícil, errou e colocou a mão na trave", concluiu.