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Greve geral na França atinge escolas e transportes
Funcionários da rede de transportes públicos, professores e alguns lojistas da França aderiram à greve nacional de um dia, na terça-feira, tentando forçar o primeiro-ministro Dominique de Villepin a abandonar a nova lei do primeiro emprego.
Os passageiros enfrentavam atrasos nos trens e no metrô de Paris, enquanto os aeroportos eram atingidos por paralisações. Bancas de jornal ficaram fechadas e alguns funcionários do correio e de empresas de comunicação também participavam da greve.
Cerca de 30 vôos do aeroporto de Lyon (sul) foram cancelados. Os trens estavam atrasados na cidade. O transporte público enfrentou problemas nas cidades de Marselha e Bordeaux (as duas também no sul). Espera-se que centenas de milhares de pessoas participem dos protestos marcados para terça-feira.
Muitos trens continuavam rodando, entre os quais a linha Eurostar, que liga Bruxelas a Londres. Mas alguns usuários mostravam-se indignados.
"Por que vocês têm de fazer todos os franceses sofrerem?", perguntou a francesa Patricia, no aeroporto Charles de Gaulle, onde vários vôos foram cancelados.
O impasse em torno do Contrato do Primeiro Emprego (CPE) é um grande desafio enfrentado por Villepin, um potencial candidato nas eleições presidenciais do próximo ano.
O premiê espera que a medida reduza a taxa de desemprego entre os jovens do país, atualmente em 23 por cento.
Mas líderes sindicais e estudantis dizem que a nova lei criará uma geração de "trabalhadores descartáveis" porque torna mais fácil demitir funcionários jovens, que precisam sobreviver a um período de experiência de dois anos antes de conseguir estabilidade.
Pesquisas de opinião mostram que quase dois terços dos franceses são contrários ao CPE. Segundo sindicatos, 135 manifestações devem acontecer na França na terça-feira. A polícia prometeu ir às ruas em meio a temores de que se repitam os episódios violentos ocorridos durante protestos na semana passada.
VILLEPIN SOB PRESSÃO
O medo de que o país seja tomado por uma revolta mais ampla foi alimentado pelos incidentes ocorridos em Paris na semana passada, entre os quais episódios de saque, choques com policiais e o roubo de manifestantes por alguns jovens.
Laurence Paristo, chefe do grupo empresarial Medef, disse que a reputação da França estava em jogo e que a crise era "perigosa para nossa economia e terrivelmente perigosa para nossa imagem".
O ministro francês do Turismo, Leon Bertrand, afirmou à Reuters que as manifestações poderiam manchar a imagem do país no exterior.
"Se as coisas continuarem assim, vamos certamente sofrer um impacto negativo, como nos subúrbios", disse, referindo-se aos distúrbios que atingiram os bairros pobres de Paris e de outras cidades em novembro passado. À época, jovens indignados com a discriminação incendiaram milhares de carros.
Villepin ignorou os sindicatos e conseguiu ver aprovado, no Parlamento, o CPE, apesar da reserva expressada por alguns ministros e por membros do partido União para um Movimento Popular (UMP), governista.
O premiê convidou os sindicatos e os estudantes para negociar na quarta-feira, mas não está claro se eles comparecerão.
O presidente do país, Jacques Chirac, deu apoio a Villepin, mas as manobras do premiê deixaram alguns de seus companheiros de governo preocupados.
O ministro do Interior do país, Nicolas Sarkozy, líder da UMP e também aspirante ao cargo de presidente francês, disse na segunda-feira que o diálogo com os sindicatos era algo vital e pediu que Villepin cedesse.
Os passageiros enfrentavam atrasos nos trens e no metrô de Paris, enquanto os aeroportos eram atingidos por paralisações. Bancas de jornal ficaram fechadas e alguns funcionários do correio e de empresas de comunicação também participavam da greve.
Cerca de 30 vôos do aeroporto de Lyon (sul) foram cancelados. Os trens estavam atrasados na cidade. O transporte público enfrentou problemas nas cidades de Marselha e Bordeaux (as duas também no sul). Espera-se que centenas de milhares de pessoas participem dos protestos marcados para terça-feira.
Muitos trens continuavam rodando, entre os quais a linha Eurostar, que liga Bruxelas a Londres. Mas alguns usuários mostravam-se indignados.
"Por que vocês têm de fazer todos os franceses sofrerem?", perguntou a francesa Patricia, no aeroporto Charles de Gaulle, onde vários vôos foram cancelados.
O impasse em torno do Contrato do Primeiro Emprego (CPE) é um grande desafio enfrentado por Villepin, um potencial candidato nas eleições presidenciais do próximo ano.
O premiê espera que a medida reduza a taxa de desemprego entre os jovens do país, atualmente em 23 por cento.
Mas líderes sindicais e estudantis dizem que a nova lei criará uma geração de "trabalhadores descartáveis" porque torna mais fácil demitir funcionários jovens, que precisam sobreviver a um período de experiência de dois anos antes de conseguir estabilidade.
Pesquisas de opinião mostram que quase dois terços dos franceses são contrários ao CPE. Segundo sindicatos, 135 manifestações devem acontecer na França na terça-feira. A polícia prometeu ir às ruas em meio a temores de que se repitam os episódios violentos ocorridos durante protestos na semana passada.
VILLEPIN SOB PRESSÃO
O medo de que o país seja tomado por uma revolta mais ampla foi alimentado pelos incidentes ocorridos em Paris na semana passada, entre os quais episódios de saque, choques com policiais e o roubo de manifestantes por alguns jovens.
Laurence Paristo, chefe do grupo empresarial Medef, disse que a reputação da França estava em jogo e que a crise era "perigosa para nossa economia e terrivelmente perigosa para nossa imagem".
O ministro francês do Turismo, Leon Bertrand, afirmou à Reuters que as manifestações poderiam manchar a imagem do país no exterior.
"Se as coisas continuarem assim, vamos certamente sofrer um impacto negativo, como nos subúrbios", disse, referindo-se aos distúrbios que atingiram os bairros pobres de Paris e de outras cidades em novembro passado. À época, jovens indignados com a discriminação incendiaram milhares de carros.
Villepin ignorou os sindicatos e conseguiu ver aprovado, no Parlamento, o CPE, apesar da reserva expressada por alguns ministros e por membros do partido União para um Movimento Popular (UMP), governista.
O premiê convidou os sindicatos e os estudantes para negociar na quarta-feira, mas não está claro se eles comparecerão.
O presidente do país, Jacques Chirac, deu apoio a Villepin, mas as manobras do premiê deixaram alguns de seus companheiros de governo preocupados.
O ministro do Interior do país, Nicolas Sarkozy, líder da UMP e também aspirante ao cargo de presidente francês, disse na segunda-feira que o diálogo com os sindicatos era algo vital e pediu que Villepin cedesse.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/309384/visualizar/
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