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Terça - 28 de Março de 2006 às 09:57
Por: Patricia Villalba

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SÃO PAULO - Sem grande alarde, mas ainda com um ibope alto, termina hoje a sexta edição do Big Brother Brasil. Mariana, Rafael e Mara já disputam, desde domingo, a preferência do público, que decidirá quem fica com prêmio de um milhão. Novela que é, o BBB vinha mantendo grande repercussão nas cinco edições anteriores e a falta de polêmica desta vez deixa a impressão de que a fórmula do reality show cansou. Um cansaço que parece contagiar até mesmo os participantes, que passaram quase todo o programa chorando, conversando sobre o próprio jogo, lamentando sua origem humilde e entoando o mantra "já está acabando, já está acabando".

Amparado em números, o diretor do programa, José Bonifácio de Oliveira, o Boninho, diz em entrevista ao Estado que a atração continua no ar - mas não confirma a informação de que a Globo renovou o contrato com a produtora Endemol, dona do formato do Big Brother, até 2010. Em dia de paredão, o BBB6 tem registrado média de 47 pontos no ibope. É a mesma marca das edições anteriores, com exceção da quinta edição que, considerada excepcional, fez 52 pontos. Leia a entrevista de Boninho.

Ficou a impressão de que o BBB6 não foi bem, em comparação aos outros. Isso pode ser creditado ao fato de que essa é a mais comportada de todas as edições? Você acha que a polêmica é mesmo um termômetro de sucesso para esse tipo de programa?

Não. Cada programa tem sua particularidade. Nesta edição, eles resolveram ser "bonzinhos", provavelmente impressionados com a repercussão do BBB5 (quando a chamada "turma do mal" foi eliminada com altos índices de rejeição). O importante é que o formato agrada ao público e isto está comprovado.

Até que ponto a escolha dos participantes pela produção pode influenciar no sucesso do programa? Quando vê um candidato a participante, você consegue prever se ele vai funcionar no programa ou não?

Os participantes são tão importantes quanto o formato, mas não se pode prever claramente como cada um vai se comportar. O que dá o tom é o grupo, como eles se relacionam.

Depois de todas estas edições, parece que se instalou a idéia de que os participantes mais pobres têm mais chances. É algo repetido bastante nesta edição. A previsibilidade incomoda você?

Quem dá o veredicto final é o público, portanto o que eles pensam um do outro é irrelevante para essa decisão. Além disso, o perfil de vencedor nunca se repetiu nas seis edições.

Os participantes, a cada edição, entram sabendo mais do jogo. Isso não atrapalha?

Não existe essa possibilidade, já que uma das chaves é o relacionamento. Se você não sabe quem serão seus oponentes, fica impossível montar uma estratégia.

Foi divulgado que a Globo renovaria o contrato com a Endemol. Quantos BBBs ainda serão feitos?

O que vai definir a permanência do programa é a direção da Globo e o mercado. Enquanto a fórmula estiver agradando, o Big Brother Brasil continuará no ar .





Fonte: Agência Estado

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