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Mudança na Fazenda deve agitar mercado
Apesar de o novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter dito ontem que a política econômica "não mudará", o mercado financeiro pode iniciar as operações de hoje em clima de nervosismo após o afastamento de Antonio Palocci da pasta.
Em momentos de incertezas e temores, cresce a possibilidade de dólar e risco-país subirem e de a Bolsa de Valores cair.
A saída de Palocci foi anunciada ontem após o fechamento do mercado de câmbio. Mas, no exterior, os ativos brasileiros pioraram seu desempenho após o anúncio da mudança no Ministério da Fazenda, mas antes das declarações de Mantega defendendo a manutenção das políticas de Palocci.
O risco-país brasileiro chegou ao fim das operações na máxima do dia, a 236 pontos -alta de 0,85%. O Global 40, um dos mais negociados títulos da dívida externa brasileira, perdeu 0,92% de seu valor.
"Como a situação do Palocci vinha se agravando nos últimos dias, a saída era esperada. O Murilo Portugal [secretário-executivo da Fazenda] seria uma opção melhor na visão do mercado para substituir o Palocci", afirmou Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra. Portugal, bem-visto pelo mercado financeiro, acabou saindo do ministério junto com Palocci.
Para o economista Alex Agostini, da consultoria Austing Rating, "o ruim é que o Mantega andou batendo muito forte na política econômica recentemente". "O Mantega vai ter de dar um choque de credibilidade muito forte no mercado, que não gosta de algumas das posições dele mais à esquerda", disse Agostini.
Foi isso que o novo ministro tentou fazer já ontem, ao repetir que nada mudará na Fazenda e que quem determina a política econômica é o presidente Lula.
A Bovespa, que operava no ponto mais alto do dia (0,84%) quando foi anunciado o afastamento de Palocci, perdeu fôlego e fechou o pregão com ganho moderado de 0,17%.
A expectativa é a de que hoje os negócios nos diferentes segmentos do mercado financeiros sejam marcados por bastante volatilidade, o que gera oportunidades de lucro aos investidores.
Ontem, os ativos (ações, moeda, títulos) já haviam oscilado consideravelmente. O dólar chegou a subir 2,32% (a R$ 2,204) nos negócios da manhã, com os investidores especulando sobre o agravamento da situação do Palocci e a possibilidade de ele deixar o governo a qualquer momento. O dólar fechou em alta de 0,79%, a R$ 2,171.
Apesar de a condução da taxa básica de juros estar nas mãos do Banco Central e não da Fazenda, o mercado teme que a saída de Palocci aumente as pressões sobre o Copom (Comitê de Política Monetária) para que haja um afrouxamento mais rápido na política monetária.
Em ocasiões anteriores de forte pressão sobre o BC e sua diretoria (que determina a taxa de juros), a instituição mostrou forte independência em relação aos críticos.
O mercado de juros futuros não reagiu muito bem às expectativas de mudanças. Durante todo o pregão de ontem da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos com vencimentos mais longos, acima de 18 meses, marcaram alta expressiva para os juros.
No contrato DI -que mostra as projeções para os juros- com resgate em janeiro de 2008, a taxa saltou de 14,75% para 14,90% ao ano, chegando a 15,07% no pior momento do pregão.
No papel que vence em julho de 2008, a taxa de juros projetada foi de 14,69% na sexta-feira para 14,87% ontem.
Em momentos de incertezas e temores, cresce a possibilidade de dólar e risco-país subirem e de a Bolsa de Valores cair.
A saída de Palocci foi anunciada ontem após o fechamento do mercado de câmbio. Mas, no exterior, os ativos brasileiros pioraram seu desempenho após o anúncio da mudança no Ministério da Fazenda, mas antes das declarações de Mantega defendendo a manutenção das políticas de Palocci.
O risco-país brasileiro chegou ao fim das operações na máxima do dia, a 236 pontos -alta de 0,85%. O Global 40, um dos mais negociados títulos da dívida externa brasileira, perdeu 0,92% de seu valor.
"Como a situação do Palocci vinha se agravando nos últimos dias, a saída era esperada. O Murilo Portugal [secretário-executivo da Fazenda] seria uma opção melhor na visão do mercado para substituir o Palocci", afirmou Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra. Portugal, bem-visto pelo mercado financeiro, acabou saindo do ministério junto com Palocci.
Para o economista Alex Agostini, da consultoria Austing Rating, "o ruim é que o Mantega andou batendo muito forte na política econômica recentemente". "O Mantega vai ter de dar um choque de credibilidade muito forte no mercado, que não gosta de algumas das posições dele mais à esquerda", disse Agostini.
Foi isso que o novo ministro tentou fazer já ontem, ao repetir que nada mudará na Fazenda e que quem determina a política econômica é o presidente Lula.
A Bovespa, que operava no ponto mais alto do dia (0,84%) quando foi anunciado o afastamento de Palocci, perdeu fôlego e fechou o pregão com ganho moderado de 0,17%.
A expectativa é a de que hoje os negócios nos diferentes segmentos do mercado financeiros sejam marcados por bastante volatilidade, o que gera oportunidades de lucro aos investidores.
Ontem, os ativos (ações, moeda, títulos) já haviam oscilado consideravelmente. O dólar chegou a subir 2,32% (a R$ 2,204) nos negócios da manhã, com os investidores especulando sobre o agravamento da situação do Palocci e a possibilidade de ele deixar o governo a qualquer momento. O dólar fechou em alta de 0,79%, a R$ 2,171.
Apesar de a condução da taxa básica de juros estar nas mãos do Banco Central e não da Fazenda, o mercado teme que a saída de Palocci aumente as pressões sobre o Copom (Comitê de Política Monetária) para que haja um afrouxamento mais rápido na política monetária.
Em ocasiões anteriores de forte pressão sobre o BC e sua diretoria (que determina a taxa de juros), a instituição mostrou forte independência em relação aos críticos.
O mercado de juros futuros não reagiu muito bem às expectativas de mudanças. Durante todo o pregão de ontem da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos com vencimentos mais longos, acima de 18 meses, marcaram alta expressiva para os juros.
No contrato DI -que mostra as projeções para os juros- com resgate em janeiro de 2008, a taxa saltou de 14,75% para 14,90% ao ano, chegando a 15,07% no pior momento do pregão.
No papel que vence em julho de 2008, a taxa de juros projetada foi de 14,69% na sexta-feira para 14,87% ontem.
Fonte:
24HorasNews
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/309408/visualizar/
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