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Internacional
Segunda - 27 de Março de 2006 às 23:55

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A presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, se mostrou hoje favorável a que seu antecessor Charles Taylor seja enviado diretamente a Serra Leoa para comparecer perante um tribunal especial da ONU.

"Corresponde às Nações Unidas, que respaldam o tribunal especial de Serra Leoa que acusa Taylor, dirigir este último perante os juízes", declarou Johnson em reunião com representantes religiosos da Libéria.

Segundo relatórios radiofônicos captados em Dacar, a presidente, eleita em novembro passado, considera que Taylor não é acusado por um tribunal liberiano e não deve comparecer perante a justiça desse país, razão pela qual sua presença na Libéria não é necessária.

Johnson-Sirleaf disse que o caso Taylor é uma herança recebida por seu Governo, que não assinou os acordos de paz de Acra em agosto de 2003 e que determinaram o exílio de Taylor na Nigéria, onde se encontra desde 2003.

O Governo da Libéria apresentou um pedido de extradição à Nigéria, e o Governo desse país se mostrou partidário de aceitá-la, mas se desconhece a quem será entregue o ex-presidente liberiano.

O tribunal especial de Serra Leoa quer processá-lo por encorajar o conflito armado no país, vizinho da Libéria.

Os partidários de Taylor consideram que uma possível extradição de Taylor seria uma violação dos acordos de paz assinados em 2003 e que puseram fim a uma sangrenta guerra civil na Libéria, que se prolongou por sete anos.

Paralelamente, os serviços de segurança detiveram na Libéria, como medida preventiva, oito pessoas consideradas próximas a Taylor, e as autoridades federais ordenaram a vigilância das atividades de pessoas suspeitas de ameaçar a segurança nacional.





Fonte: EFE

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