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Internacional
Segunda - 27 de Março de 2006 às 17:33

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O grupo xiita Hisbolá acusou hoje o enviado especial da ONU, o diplomata norueguês Terje Roed Larsen, de se intrometer nos assuntos internos libaneses, por causa de sua declaração de ontem, pedindo que seus milicianos fossem integrados no Exército do país. "Trata-se de um atentado contra a dignidade dos libaneses, já que trata a Resistência Islâmica (braço armado do Hisbolá) como uma milícia", disse o Hisbolá em comunicado.

Hisbolá se recusa ao desarmamento, como exige a ONU em uma resolução, e garante que seus homens armados não formam uma milícia, mas são uma resistência diante da ocupação de parte do território libanês por Israel.

Larsen, responsável pelo cumprimento da resolução 1.559 do Conselho de Segurança da ONU - que exige o desarmamento de todos os grupos armados do Líbano - disse que não seria possível desarmar o Hisbolá pela força, e por isso sugeriu que seus milicianos se integrassem no Exército libanês, como fizeram outros grupos ao final da guerra civil (1975-1990).

O Hisbolá é a única organização que não se desarmou no final do conflito armado para combater a ocupação israelense do sul do país, que terminou em maio de 2000, após 22 anos de presença.

O movimento xiita também criticou Larsen por pedir que a Síria delimite as fronteiras com o Líbano, especialmente no polêmico setor das Fazendas de Chebaa, reivindicadas por Beirute, mas que a ONU e Israel consideram território sírio.

Segundo o Hisbolá, o diplomata norueguês rejeitou o acordo alcançado no qual os principais líderes do país decidiram que essa área, de onde os militares israelenses não saíram, pertencia ao território nacional.





Fonte: EFE

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