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Nacional
Sexta - 18 de Janeiro de 2013 às 17:10

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A Justiça Federal em Rondônia condenou o senador Ivo Cassol (PP-RO) e outras cinco pessoas por improbidade administrativa. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira pelo Ministério Público Federal (MPF), autor da ação. Com a condenação, Cassol teve seus direitos políticos suspensos por cinco anos. Ainda cabe recurso da sentença.
 
Além de Cassol foram condenados os delegados da Polícia Civil Renato Eduardo de Souza e Hélio Teixeira Lopes Filho, os agentes Gliwelkinson Pedrisch de Castro e Nilton Vieira Cavalcante, além de Agenor Vitorino de Carvalho. A ação acusava Ivo Cassol de ter utilizado ilegalmente a estrutura da segurança pública para tentar alterar as provas colhidas durante investigação de um esquema de compra de votos, atrapalhando o trabalho do Ministério Público Federal e da própria Justiça.
 
A investigação teve início em 2006, quando o MPF desvendou um suposto caso de compra de votos que beneficiaria Ivo Cassol e Expedito Júnior - eleito senador naquele ano e cassado em 2009 -, entre outras pessoas.
 
De acordo com o MPF, as testemunhas que prestaram depoimento foram vítimas de constrangimentos e ameaças, sendo cinco delas incluídas em programa de proteção à testemunha. O assédio às testemunhas teria sido ordenado por Ivo Cassol, que à época era governador do Estado, e executado pelos policiais e por Agenor Vitorino de Carvalho. Entre os abusos cometidos está a instauração de um inquérito policial "manifestamente ilegal", segundo o MPF.
 
"A investigação estadual foi mesmo instaurada com o claro intuito de criar fatos novos relacionados aos delitos eleitorais, mediante a manipulação de provas e intimidação de testemunhas, a fim de beneficiar os candidatos envolvidos na compra de votos. Toda a farsa foi executada a mando do governador Ivo Cassol, que se utilizou do aparato de segurança do Estado de Rondônia para tentar desqualificar a investigação dos crimes eleitorais imputados a ele e a seu grupo político", afirmou na denúncia Antônio Fernando Souza, procurador-geral da República em 2007.
 
Além de ter os direitos políticos cassados, Cassol foi condenado a pagar multa de R$ 300 mil. A Justiça também suspendeu os direitos políticos dos delegados por quatro anos, e dos demais, por três anos, além da perda dos cargos dos policiais.





Fonte: Terra

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