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Xiitas estão cada vez mais críticos com americanos
Dirigentes xiitas iraquianos criticaram duramente os Estados Unidos nesta segunda-feira acusando-os de quererem provocar uma guerra civil, no dia seguinte a uma operação sangrenta em Bagdá atribuída ao exército americano.
O presidente do Iraque, o curdo Jalal Talabani, anunciou a criação de uma comissão de investigação americano-iraquiana, que pretende dirigir, para apurar os fatos e "determinar as responsabilidades neste caso grave", referindo-se à operação durante a qual morreram pelo menos 16 pessoas.
Versões contraditórias circularam a respeito dessa operação. O exército americano negou qualquer envolvimento direto na operação, que descreveu como um ataque das forças especiais iraquianas contra um esconderijo de rebeldes. Dezesseis insurgentes teriam morrido na ação, segundo o exército americano, que afirmou que seu alvo não era uma mesquita.
Já os dirigentes iraquianos acusam as forças americanas de terem atacado uma mesquita xiita domingo no bairro Our, no norte de Bagdá. Dezessete fiéis xiitas teriam morrido no ataque, segundo eles.
"As forças americanas e forças especiais iraquianas cometeram um crime hediondo ao atacar a mesquita Al-Mustafá", considerou o bloco dos xiitas conservadores, majoritário no Parlamento.
"Trata-se de um crime organizado com graves repercussões políticas e de segurança, cujo objetivo é provocar uma guerra civil", afirmou o bloco em comunicado, num momento em que os líderes políticos ainda não conseguiram formar um governo, mais de três meses após as eleições.
Ox xiitas qualificaram a operação de "ataque à dignidade dos iraquianos" e afirmaram que ela "retirava qualquer credibilidade dos slogans liberdade, democracia e pluralismo clamados pela administração americana".
O bloco xiita pediu ao governo que apure a existência de forças iraquianas que atuariam fora de seu controle.
"As declarações do embaixador americano Zalmay Khalilzad e os atos de violência contra os xiitas revelam intenções claras de expor o Iraque, seu povo e seu processo democrático a graves perigos", acrescentou, sugerindo que o governo se encarregue da segurança sozinho.
Trata-se da crítica mais dura proferida pelos xiitas conservadores contra os americanos e contra Khalilzad, que suspeitam de querer favorecer a minoria sunita.
O ministro do Interior, o xiita Bayan Jabr Sulagh, qualificou de "injustificada a agressão contra fiéis que estavam rezando numa mesquita", em declarações à rede de televisão Al-Arabiya.
O Irã, povoado por uma maioria de xiitas, também reagiu, se declarando "enojado pelo massacre sem piedade de fiéis na mesquita Al-Mustafá de Bagdá", segundo as palavras do porta-voz do governo iraniano Hamid Reza Assefi.
"Levando em conta os elementos de prova sobre o envolvimento das forças americanas neste ato criminoso, pedimos que a comunidade internacional e as organizações de defesa dos direitos humanos examinem o caso", acrescentou Assefi.
Sulagh também minimizou a descoberta domingo em Bagdá, por soldados americanos, de um centro de detenção de cidadãos árabes.
Segundo ele, esses estrangeiros são 17 sudaneses e um egípcio em instância de expulsão do país. Eles eram bem tratados, garantiu o ministro, afirmando que suas forças respeitavam a lei e os direitos humanos.
Nesses últimos meses, os soldados americanos encontraram dois centros de detenção subordinados ao ministério do Interior onde prisioneiros haviam sido maltratados. O ministério minimizou esses casos e o governo iraquiano lançou uma investigação cujos resultados ainda não foram publicados.
O presidente do Iraque, o curdo Jalal Talabani, anunciou a criação de uma comissão de investigação americano-iraquiana, que pretende dirigir, para apurar os fatos e "determinar as responsabilidades neste caso grave", referindo-se à operação durante a qual morreram pelo menos 16 pessoas.
Versões contraditórias circularam a respeito dessa operação. O exército americano negou qualquer envolvimento direto na operação, que descreveu como um ataque das forças especiais iraquianas contra um esconderijo de rebeldes. Dezesseis insurgentes teriam morrido na ação, segundo o exército americano, que afirmou que seu alvo não era uma mesquita.
Já os dirigentes iraquianos acusam as forças americanas de terem atacado uma mesquita xiita domingo no bairro Our, no norte de Bagdá. Dezessete fiéis xiitas teriam morrido no ataque, segundo eles.
"As forças americanas e forças especiais iraquianas cometeram um crime hediondo ao atacar a mesquita Al-Mustafá", considerou o bloco dos xiitas conservadores, majoritário no Parlamento.
"Trata-se de um crime organizado com graves repercussões políticas e de segurança, cujo objetivo é provocar uma guerra civil", afirmou o bloco em comunicado, num momento em que os líderes políticos ainda não conseguiram formar um governo, mais de três meses após as eleições.
Ox xiitas qualificaram a operação de "ataque à dignidade dos iraquianos" e afirmaram que ela "retirava qualquer credibilidade dos slogans liberdade, democracia e pluralismo clamados pela administração americana".
O bloco xiita pediu ao governo que apure a existência de forças iraquianas que atuariam fora de seu controle.
"As declarações do embaixador americano Zalmay Khalilzad e os atos de violência contra os xiitas revelam intenções claras de expor o Iraque, seu povo e seu processo democrático a graves perigos", acrescentou, sugerindo que o governo se encarregue da segurança sozinho.
Trata-se da crítica mais dura proferida pelos xiitas conservadores contra os americanos e contra Khalilzad, que suspeitam de querer favorecer a minoria sunita.
O ministro do Interior, o xiita Bayan Jabr Sulagh, qualificou de "injustificada a agressão contra fiéis que estavam rezando numa mesquita", em declarações à rede de televisão Al-Arabiya.
O Irã, povoado por uma maioria de xiitas, também reagiu, se declarando "enojado pelo massacre sem piedade de fiéis na mesquita Al-Mustafá de Bagdá", segundo as palavras do porta-voz do governo iraniano Hamid Reza Assefi.
"Levando em conta os elementos de prova sobre o envolvimento das forças americanas neste ato criminoso, pedimos que a comunidade internacional e as organizações de defesa dos direitos humanos examinem o caso", acrescentou Assefi.
Sulagh também minimizou a descoberta domingo em Bagdá, por soldados americanos, de um centro de detenção de cidadãos árabes.
Segundo ele, esses estrangeiros são 17 sudaneses e um egípcio em instância de expulsão do país. Eles eram bem tratados, garantiu o ministro, afirmando que suas forças respeitavam a lei e os direitos humanos.
Nesses últimos meses, os soldados americanos encontraram dois centros de detenção subordinados ao ministério do Interior onde prisioneiros haviam sido maltratados. O ministério minimizou esses casos e o governo iraquiano lançou uma investigação cujos resultados ainda não foram publicados.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/309576/visualizar/
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