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Yushenko começa a negociar a coalizão parlamentar ucraniana
O presidente da Ucrânia, Viktor Yushenko, encarregou o primeiro-ministro Yuri Yekhanurov de negociar a criação de uma coalizão parlamentar depois da derrota de seu partido presidencial nas eleições legislativas de domingo.
"O presidente se reuniu com o premier e o encarregou de iniciar as consultas para a criação de uma coalizão parlamentar", declarou o chefe adjunto do gabinete da presidência, Ivan Vasiunyk, citado pela agência Interfax.
Depois de sofrer uma derrota humilhante nas eleições legislativas, Yushenko deve escolher os futuros aliados no Parlamento entre o pró-russo Viktor Yanukovich e Yulia Timochenko, destituída do cargo de primeira-ministra há seis meses.
Herói da Revolução Laranja no final de 2004, triunfalmente investido como presidente há 14 meses, Viktor Yushenko é o grande perdedor das legislativas de domingo.
A coalizão Nossa Ucrânia, do governo, ficou apenas em terceiro lugar na votação. O principal partido de oposição da Ucrânia, pró-russo, lidera a apuração com 26,33% dos votos, de acordo com os primeiros resultados oficiais anunciados nesta segunda-feira, após a contagem de 25% das urnas.
O Partido das Regiões de Viktor Yanukovich supera o Bloco de Yulia Timochenko, que registra 23,41% dos votos. A Nossa Ucrânia tem apenas 16,98%.
As pesquisas de boca-de-urna divulgadas no domingo destacavam uma vantagem ainda maior para o Partido das Regiões, que chegava a mais de 30% dos votos.
O chefe de Estado não tem outra opção a não ser um acordo com os principais rivales, já que necessita de um apoio parlamentar estável para conseguir avançar na política pró-ocidente. Sobretudo porque o novo Parlamento, reforçado por uma recente reforma, formará quase todo o governo.
Depois da divulgação das pesquisas, Nossa Ucrânia anunciou que desejava uma coalizão no Parlamento com o Bloco Timochenko.
A aliança daria às forças da Revolução Laranja pelo menos 255 deputados, maioria absoluta das 450 cadeiras do Parlamento monocameral.
O bloco Timochenko anunciou em um primeiro tempo que um memorando da coalizão pode ser assinado nesta segunda-feira. Um deputado socialista, Mykola Rudkovsky, afirmou que Nossa Ucrânia se recusa a assinar no momento o princípio de acordo, dando a entender que a coalizão presidencial iniciara negociações com o Partido das Regiões para formar uma coalizão com este.
Porém, as duas possibilidades representam riscos para o chefe de Estado.
Uma aliança com o Partido das Regiões pode representar obstáculos à política pró-ocidental de Kiev e, em particular, a seu projeto de adesão à Otan. "As aspirações euro-atlânticas serão interrompidas", afirma o analista político Andriy Yermolaiev. Uma aliança renovada com Yulia Timochenko, determinada a reassumir o cargo de primeira-ministra, perspectiva que a Nossa Ucrânia recusava de todos os modos, mas a qual parecia conformar-se depois da divulgação das pesquisas de boca-de-urna, pode significar outros problemas.
A ação governamental desta mulher ambiciosa, radical e geralmente populista, teve no ano passado um efeito dissuasivo sobre os investidores, assustados com seus projetos de vasta revisão das privatizações realizadas pelo antigo regime. Ela não escondeu o desejo de retomar este caminho caso retornasse ao poder.
A Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) considerou a votação democrática em um relatório preliminar. "As eleições parlamentares de 26 de março aconteceram, no conjunto, em conformidade com os critérios internacionais de eleições democráticas", destaca a OSCE.
Depois de sofrer uma derrota humilhante nas eleições legislativas, Yushenko deve escolher os futuros aliados no Parlamento entre o pró-russo Viktor Yanukovich e Yulia Timochenko, destituída do cargo de primeira-ministra há seis meses.
Herói da Revolução Laranja no final de 2004, triunfalmente investido como presidente há 14 meses, Viktor Yushenko é o grande perdedor das legislativas de domingo.
A coalizão Nossa Ucrânia, do governo, ficou apenas em terceiro lugar na votação. O principal partido de oposição da Ucrânia, pró-russo, lidera a apuração com 26,33% dos votos, de acordo com os primeiros resultados oficiais anunciados nesta segunda-feira, após a contagem de 25% das urnas.
O Partido das Regiões de Viktor Yanukovich supera o Bloco de Yulia Timochenko, que registra 23,41% dos votos. A Nossa Ucrânia tem apenas 16,98%.
As pesquisas de boca-de-urna divulgadas no domingo destacavam uma vantagem ainda maior para o Partido das Regiões, que chegava a mais de 30% dos votos.
O chefe de Estado não tem outra opção a não ser um acordo com os principais rivales, já que necessita de um apoio parlamentar estável para conseguir avançar na política pró-ocidente. Sobretudo porque o novo Parlamento, reforçado por uma recente reforma, formará quase todo o governo.
Depois da divulgação das pesquisas, Nossa Ucrânia anunciou que desejava uma coalizão no Parlamento com o Bloco Timochenko.
A aliança daria às forças da Revolução Laranja pelo menos 255 deputados, maioria absoluta das 450 cadeiras do Parlamento monocameral.
O bloco Timochenko anunciou em um primeiro tempo que um memorando da coalizão pode ser assinado nesta segunda-feira. Um deputado socialista, Mykola Rudkovsky, afirmou que Nossa Ucrânia se recusa a assinar no momento o princípio de acordo, dando a entender que a coalizão presidencial iniciara negociações com o Partido das Regiões para formar uma coalizão com este.
Porém, as duas possibilidades representam riscos para o chefe de Estado.
Uma aliança com o Partido das Regiões pode representar obstáculos à política pró-ocidental de Kiev e, em particular, a seu projeto de adesão à Otan. "As aspirações euro-atlânticas serão interrompidas", afirma o analista político Andriy Yermolaiev. Uma aliança renovada com Yulia Timochenko, determinada a reassumir o cargo de primeira-ministra, perspectiva que a Nossa Ucrânia recusava de todos os modos, mas a qual parecia conformar-se depois da divulgação das pesquisas de boca-de-urna, pode significar outros problemas.
A ação governamental desta mulher ambiciosa, radical e geralmente populista, teve no ano passado um efeito dissuasivo sobre os investidores, assustados com seus projetos de vasta revisão das privatizações realizadas pelo antigo regime. Ela não escondeu o desejo de retomar este caminho caso retornasse ao poder.
A Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) considerou a votação democrática em um relatório preliminar. "As eleições parlamentares de 26 de março aconteceram, no conjunto, em conformidade com os critérios internacionais de eleições democráticas", destaca a OSCE.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/309667/visualizar/
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