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Internacional
Segunda - 27 de Março de 2006 às 10:40

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O autor de um violento ataque contra fiéis de uma sinagoga moscovita em janeiro deste ano, em que oito pessoas ficaram feridas, foi condenado hoje a 13 anos de prisão. O Tribunal Urbano de Moscou, que ditou a sentença condenatória contra Alexandr Koptsev, um moscovita de 20 anos, excluiu do veredicto o motivo xenófobo do crime e o considerou culpado somente de "tentativa de assassinato de duas ou mais pessoas", segunda a agência "Interfax".

No entanto, o próprio acusado declarou após sua detenção, em 13 de janeiro, que não tolerava os judeus e que cometeu o crime "por inveja", já que "vivem melhor".

Durante os interrogatórios na presença de seu advogado, Koptsev confessou que decidiu atacar a sinagoga "sob a influência de livros e sites de conteúdo anti-semita".

Os advogados que representavam no julgamento os interesses das vítimas do ataque expressaram sua decepção com o veredicto, já que o ditame minimizou a importância do caráter anti-semita do crime.

"O tribunal, que decidiu excluir do texto do veredicto o artigo 282 do Código Penal (fustigação nacional, racial ou religiosa), adotou uma decisão política para acalmar a sociedade e mostrar que aqui não há lugar para este tipo de fenômeno", afirmou à "Interfax" o advogado Vadim Kliuvgant.

Outro advogado, Vladimir Javkin, anunciou que apelará da decisão do juiz, já que não se pode excluir da sentença acusatória os crimes pelos quais Koptsev foi absolvido.

O advogado de Koptsev, Vladimir Kirsanov, também informou que apelará da sentença, já que considera que seu cliente, quando entrou na sinagoga e começou a apunhalar os fiéis, "tinha perdido o controle sobre si mesmo".





Fonte: EFE

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